24| O Sol de junho nunca mais brilhou

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Os dias escorriam
Os momentos passavam
As lembranças me invadiam
Nas noites frias do inverno
O meu cérebro sucumbia

Eu tremia, mas não de frio
Mas sim de saudades
Daquilo que eu podia chamar de lar
De um abraço
De um lugar para minha mente descansar

Esse sou eu
Um passarinho que fugiu do ninho
Que acabou perdendo as asas pelo caminho
E não tem como voltar ao ninho

Eis eu, sem cobertor nessas terras desconhecidas
Sem aparo directo da família
Um ser pequeno tentando ganhar asas
Para ver o sol de Junho a brilhar

Saudades!
Saudades sou eu
Lembranças são vocês
Lágrimas!
São saudades dessas lembranças
Que não me fogem o rosto

Sou um ser pequeno tentando ganhar o tempo
Se eu pudesse
Estaria no vosso aconchego.

EÚRCIA: A carta que eu nunca te escreviOnde histórias criam vida. Descubra agora