- PRÓLOGO -

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Pensava que as escolhas que foram feitas por mim, as decisões que foram tiradas de minhas mãos, e o meio em que cresci, me fizeram assim. Me roubaram a infância. Mas era apenas para consolo próprio, porque eu sabia que a alternativa era admitir que eu mesma tinha me levado àquele ponto. E então a culpa seria toda, toda minha. 

Errei muito ao longo da minha vida. Cada erro criava uma camada envolta do meu coração quebrado, e a cada pancada eu o enterrava mais e mais, numa tentativa falha de tentar protegê-lo. Mas o último... eu tinha ido longe demais. 

Será que ainda encontraria os restos do meu coração, enterrado a seis palmos abaixo da superfície? Poderia alguém atravessar a muralha que eu havia construído para proteger qualquer resquício de felicidade e esperança que tivesse sobrando em mim?

my happy ending: amor nunca foi garantia de final felizOnde histórias criam vida. Descubra agora