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Depois da notícia surpreendente do meu pai, eu e Kiba voltamos para casa em silêncio.

A palavra "irmão" piscando em minha cabeça em letras garrafais e vermelho neon.

Para piorar, Kiba tinha se oferecido para acompanhar a mãe até em casa, mas o meu pai interrompeu na hora, dizendo que ele mesmo a levaria. E para completar o que já estava ruim, Tsume aceitou dizendo que eles "deveriam terminar o que começaram antes dela escorregar".

Eu e Kiba fugimos o mais rápido possível dali.

Chegamos em frente a casa amarela de esquina, e eu abri o portão. Akamaru e Kohana vieram correndo, latindo e abanando o rabo quando viram Kiba.

Eu corri para dentro de casa antes que eles pulassem em mim, ou Kohana tentasse me morder novamente.

Abri a porta da sala e vi Naruto sentado no sofá. Pergaminhos estavam espalhados pela mesa baixa de centro. Mas não foi isso que chamou a minha atenção.

Os meus olhos travaram no homem que estava sentado na poltrona, de frente para Naruto. Seu cabelo tampava o olho com o rinnegan, e a sua capa o deixava com aquele ar misterioso, infernalmente sexy.

Senti os meus joelhos tremerem.

- Sakura-chan! - Naruto gritou quando me viu. Sasuke me olhou de cima a baixo, e voltou sua atenção para o papel em sua mão. - E aí, como a Tsume-san está?.

Obriguei os meus olhos a focarem apenas em Naruto.

- Ela está bem. - Eu disse com uma careta. - Só torceu o tornozelo.

- Já soube das novidades, huh? - Ele perguntou com um sorriso malicioso.

Meus olhos se arregalaram em sua direção e Naruto riu.

- Ora seu... Você sabia disso o tempo todo, seu cretino? E não me contou?. - Berrei.

Kiba entrou na sala e parou ao meu lado.

- Ei, não foi assim. - Naruto se defendeu, erguendo as duas mãos. - Eu soube recentemente, na verdade... - Ele coçou a nunca embaraçado. - Eu acabei vendo coisas demais.

- Credo!

- Que nojo seu pervertido!.

Eu e Kiba falamos ao mesmo tempo. Ouvi uma leve risada, como se isso tudo fosse ridículo.

Sasuke.

Os meus olhos foram para cima dele novamente e eu senti toda a dor que eu estava ignorando voltar como um tsunami.

Me afogando e me arrastando como se eu não passasse de uma boneca de pano. Um trapo velho jogado de lado.

- Eu vou deitar. - Avisei a eles e corri para o quarto.

Troquei rapidamente de roupa e me joguei na cama. Eu abracei o meu corpo e dormi, feliz por não precisar lidar com os meus sentimentos novamente.







Eu estava em uma missão sozinha. Mesmo com o meu estado, eu não pude negar ajuda. Gaara e Kankuro haviam implorado que eu ficasse em segurança dentro do quarto do apartamento alugado.

Mas isso não era possível no momento.

Uma gripe avassaladora havia tomado conta de Suna, e eu fui atrás de algumas plantas que pudessem fazer um bom antibiótico.

Mas eu também não contava que ninjas patifes iriam me atacar.

Eles eram três, e eu só uma, mas eu ainda era Sakura Haruno, e tinha enfrentado oponentes muito mais fortes.

KIBASAKU | uma chance para nós doisOnde histórias criam vida. Descubra agora