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Eu estava passeando pelos corredores do supermercado, procurando tudo da extensa lista de compras dentro da minha cesta. Eu me responsabilizei pelo mercado enquanto estivesse aqui, já que Naruto vivia no treinamento e Kiba estava no trabalho.

Estava particularmente entretida procurando bons tomates quando sinto alguém ao meu lado, tirando totalmente o meu espaço pessoal.

- Capitão Yamato. - Cumprimentei seca.

- Sabe, Sakura... Talvez você devesse escolher melhor as pessoas com quem se relaciona. - Ele falou me dando um olhar gélido.

- Só para puxar conversa. - Ironizei voltando a escolher os meus tomates.

- Você já não sofreu o suficiente pelo Sasuke Uchiha?. - Ele perguntou e apertei com força o tomate que segurava.

Deixei-o na bancada antes que expremesse  o pobre coitado com tanta raiva. Era só o que me faltava.

- O quê quer?. - Perguntei encarando os olhos de vampiro, com os braços cruzados sobre o peito.

- Quero te proteger de mais uma decepção, Sakura. - Ele respondeu simples. Seu rosto não demonstrava nenhum sentimento, como sempre.

- Por que essa obsessão agora, hein?. - Falei irritada.

- Sou seu antigo sensei, me preocupo com você. - Yamato respondeu dando de ombros. - Você sabe onde o seu namoradinho estava essa manhã?.

Bufei me virando novamente.

- Não, e não quero saber. O que o Kiba faz é problema dele. - Respondi grossa.

Ele tinha saído cedo de casa para resolver alguns documentos da clínica. Tamaki estava exigindo uma parte, segundo ela, agora que estava grávida, não poderia ficar com as mãos abanando.

- Se eu fosse você, não ficaria tão tranquila. Afinal ele tem uma mulher grávida, e quem garante que não irá voltar para ela quando o bebê nascer?. - Ele falou me dando um olhar preocupado, e com uma batidinha no meu ombro, virou as costas e saiu andando.

Suspirei irritada.

É óbvio que isso tinha passado pela minha cabeça, mas não ia ficar me torturando. Estava vivendo um dia de cada vez com o Kiba, e estava feliz assim. Ele não iria me deixar.

Saí do mercado com algumas sacolas nas mãos e o famoso burburinho me perseguiu conforme eu ia passando.

Levei um susto quando algumas crianças me cercaram e apontavam para mim em êxtase, como se eu fosse um palhaço. Mordi a língua para não descontar a minha raiva nelas.

Tentei contornar o grupinho agitado, mas uma menininha puxou o meu braço.

- Eu sou sua fã! - Ela falou tímida, seus olhos fixos nos meus pés. - Quero ser uma super Kunoichi igual a você.

Não pude deixar de me sentir tocada. Coloquei as compras no chão e me agachei, ficando com os olhos na sua altura.

- Qual o seu nome?. - Perguntei doce.

- Chika.

- É um lindo nome. - Respondi sorrindo. - Sei que você será uma excelente ninja.

Ela sorriu feliz para mim e todas as outras crianças vieram se apresentar e perguntar coisas sobre a minha vida.

- O meu irmão tem um pôster seu na porta do quarto. - Um menino de óculos gritou entre elas.

- Você é tão forte! Quero ser igual, como eu faço?. - Uma outra menina falou puxando o meu braço.

- É verdade que você consegue abrir o chão e quebrar casas com apenas um golpe? - Uma outra delas falou e todas ficaram animadas pedindo para ver.

- Não é para tanto, crianças. - Falei constrangida pegando as minhas sacolas.

- Você faz tanto sucesso quanto o Naruto. - Uma voz falou atrás de mim.

Me virei assustada só para dar de cara com Sasuke, também com algumas sacolas na mão.

Ouvi algumas meninas ficarem afobadas com a presença dele e uma delas estava tão vermelha que cogitei examina-la para ver se estava bem.

Me despedi das crianças e caminhei ao lado de Sasuke, saindo da rua movimentada das feiras e mercados.

- Será que podemos conversar?. - Perguntei baixinho me lembrando da minha conversa com Kiba.

Estava na hora de limpar uma velha ferida para enfim ela cicatrizar.

Sasuke me olhou surpreso e desconfiado, mas concordou com a cabeça e andei ao seu lado em silêncio.

Estávamos indo para a parte mais afastada da vila, onde era o Distrito Uchiha.

- Só preciso deixar isso aqui para a Karin. - Ele explicou e eu dei de ombros.

Era estranho caminhar ao lado dele, por que as pessoas não me olhavam, mas o encaravam em julgamento.

Passamos pelo grande portão de ferro que estava aberto, e ele entrou na última casa. Meus olhos rodavam por tudo ali, um arrepio percorrendo meu corpo.

- Venha. - Ele me chamou passando direto por mim, me levando para a parte mais afastada. Tinham algumas árvores e pisquei surpresa ao encontrar uma cerejeira ali também. Será que sempre teve?.

Nós dois ficamos em silêncio, nos encarando de frente. Eu havia me esquecido do quanto ele era bonito, mas diferente das outras vezes, o meu coração não disparou e eu não fiquei nervosa.

Mas foi impossível não lembrar da última vez que conversamos. E do que fizemos...

- O quê quer me dizer?. - Ele perguntou quebrando o silêncio. Será que ele também pensou na mesma coisa? Senti as minhas bochechas corarem mas não desviei os meus olhos.

- Eu preciso... - Fechei os olhos, suspirando. - Eu preciso ser uma metade inteira, Sasuke. E para isso, tenho que te contar uma coisa.

Abri os meus olhos e o vi com a testa franzida, não entendendo o que eu queria dizer.

Suspirei.

- Você lembra daquele dia, quando você foi embora para a sua viagem de redenção?. - Perguntei e ele apenas assentiu em silêncio. Não havia nenhuma emoção em seu rosto. - Você lembra que eu vim aqui, e te pedi para ficar... - Eu engoli em seco, minhas bochechas queimando. Eu precisava falar tudo. - E bom... Nós fizemos amor?.

- Sakura, onde você quer chegar?. - Ele perguntou constrangido, apertando a ponte do nariz.

Senti o meu coração acelerar.

- Você foi embora, e me deixou sozinha. - Falei olhando para o chão. - Eu me sentia machucada, quebrada por ser abandonada outra vez... Então eu fugi para Suna, e tentei recomeçar a minha vida lá.

Ouvi ele bufando.

- Sakura, isso não está nos levando a lugar nenhum. - Ele reclamou.

- Eu cheguei em Suna, Sasuke, e comecei a trabalhar no hospital. Eu queria uma nova vida, e deixar o meu passado para trás, te deixar para trás, sabe? - Falei olhando para ele. - Mas as coisas acontecem de formas que não entendemos... Eu descobri que estava grávida.

- O quê?!. - Seu tom de voz surpreso fez com que seus olhos se arregalassem.

Um vento frio levantou os meus cabelos, e eu sentia que isso estava muito longe de ter um fim.

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Oi gente :) postei três capítulos fodas hoje né? Eu vou começar a lançar os capítulos todo domingo.

Estamos nos encaminhando para o final da história, que eu ainda não escrevi, então muita coisa pode mudar hahaha

Vote e me deixe saber se gostou 🤍✨ e até domingo que vem.

KIBASAKU | uma chance para nós doisOnde histórias criam vida. Descubra agora