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Uma das coisas que eu mais senti falta quando estava em Suna, era de ter uma amiga.

Claro, eu fiz novos amigos por lá, e também eu tinha Kankuro e Gaara, mas não tínhamos intimidade para falarmos sobre garotos.

Por isso, agora eu me encontrava sentada em cima do balcão da floricultura, esperando a minha melhor amiga terminar de atender um cliente exigente.

Depois que saímos do nosso amasso no banheiro, e eu tentei ajeitar o meu cabelo e colocar uma cara menos orgastica, nós voltamos para junto dos nossos amigos.

Não trocamos uma palavra sobre o que aconteceu, nem quando chegamos em casa, já que só queríamos dormir.

E dormimos abraçados dividindo a estreita cama de solteiro do quarto.

- Vai, conta tudo! E não poupe os detalhes. - Ino falou pulando no balcão ao meu lado.

- O que quer saber? - Perguntei fazendo cara de paisagem.

- Quero saber como isso começou, o jeito que vocês se beijaram, se ele tem pegada e qual é a grossura e tamanho em centímetros.

- Ino! - Repreendi sentindo o meu rosto pegar fogo.

- Foi esse o trato! Quero o meu pagamento. - Ela reclamou.

Rolei os olhos e abri um sorriso malicioso.

- Começou com uma toalha caindo, um beijo lento, ele tem muita pegada pelo que eu pude ver ontem à noite no banheiro e não sei em centímetros, mas é o maior pau que já vi na vida!. - Eu falei animada.

Depois disso foi uma total baixaria, que vou poupar você, caro leitor, dessa epopéia moderna.

- Uau! Isso foi muito, muito quente. - Ino falou abanando o rosto e rolando os olhos teatralmente ao meu lado.

- Sim, com certeza foi. - Falei me lembrando com um sorriso.

- E vocês ainda não transaram? Quero dizer, o ato mesmo, de verdade?.

- Ainda não... Vamos tentar ir devagar. - Falei querendo justamente o contrário.

- Acho que vocês não vão conseguir. Antes que você possa se dar conta, vocês já vão estar arrancando as roupas um do outro, acredite. - Ela falou com convicção.

Suspirei.

- Mas as coisas não são simples, Ino. - Eu falei com um suspiro triste. - Ele está enrolado sabe...

- Tamaki? - Ela desdenhou levantando as duas sobrancelhas perfeitas.

- Sim. - Suspirei novamente.

Eles noivaram! E namoraram por quatro anos. Isso era bem real.

- Ela é uma cobra. - Ino falou com raiva. - Teve uma vez que ela veio aqui na floricultura e... Bom, isso não importa. E não deveria importar pra você. - Seu tom de voz era maléfico.

Desgraçada!

- Talvez você tenha razão. - Dei de ombros desconfortável e sentindo o meu coração disparar como se tivesse sido pega cometendo um crime.

- Ele é um gato gostoso, Testa! Não jogue essa oportunidade fora.

Rolei os olhos concordando e contando mais da situação, não poupando nenhum detalhe, como Ino havia pedido.

Tentei fazer o mais friamente possível, é claro. Não queria demonstrar que estava mexida com tudo o que eu vivia no momento.

- Você gosta dele. - Ino afirmou depois do meu relato do dia de ontem, quando nos beijamos apaixonadamente ao pôr do sol.

KIBASAKU | uma chance para nós doisOnde histórias criam vida. Descubra agora