O Ultimo Sacrifício - Por Dimitri Belikov

Capítulo 23

Rose ainda estava chateada por eu não tê-la deixado dirigir.

Inicialmente, tentei lembrá-la que ela não tinha licença para dirigir, mas isso significava pouco para ela quando éramos criminosos procurados. Ela estava firme que quebrar outra lei dificilmente importava no grande esquema das coisas. Eu não poderia refutar essa lógica, mas eu eventualmente ganhei o debate quando eu apontei que ela poderia possivelmente matar todos nós se ela involuntariamente escorregou na mente de Lissa enquanto estava na estrada. Ainda assim, isso não a impediu de disparar um par de luzes do meu jeito enquanto levamos nossos suprimentos para o porta-malas e para o colo de Sydney.

Quando entreguei a Sydney mais um saco de compras, reconheci que pelo menos merecia seu tratamento silencioso e olhares de aborrecimento. Não só tinha levado as chaves dela, como foi eu quem sugeriu que ela se sentasse no porta-malas do próprio carro.

Foi realmente a única configuração lógica em um carro que não foi projetado para caber seis, infelizmente. Além disso, mesmo sem um assento acolchoado ou cinto de segurança, Sydney pode realmente ser um pouco mais confortável e mais seguro lá atrás do que em qualquer outro assento. Victor, Robert e Sonya precisariam de sangue em breve. Rose e eu nunca permitiríamos que um Moroi se alimentasse de alguém relutante, mas eu não colocaria além de Victor para tentar encantar Sydney nisso... ou alistar seu irmão para usar a compulsão. Mantê-la atrás e fora de vista dos outros era melhor para todos, embora eu nunca lhe contaria por quê.

Fiz uma nota mental para pegar um café grande na próxima oportunidade que tivemos. Ela certamente mereceu.

"Temos que nos livrar de Victor e Robert agora", disse Rose em um sussurro rápido e silencioso, olhando para o banco do passageiro onde Victor estava ajudando Robert a entrar no carro. "Eles fizeram o que precisávamos. Mantê-los é perigoso. É hora de entregá-los aos guardiões."

Entreguei a última bolsa para Sydney e dei uma rápida "desculpa" para ela quando os últimos centímetros do quarto das pernas dela desapareceram. Ela suspirou e acenou com a cabeça, aceitando o pedido de desculpas bem-humorado antes de se estabelecer. Abaixando minha voz um pouco para que Sydney não nos ouvisse, eu disse a Rose: "Concordo, mas não há uma boa maneira de fazer isso. Ainda não. Não podemos deixá-los amarrados ao lado da estrada; Eu não colocaria isso por eles para escapar e pegar carona. Também não podemos entregá-los, por uma razão óbvia."

Com todas as malas dentro, eu bati a porta da escotilha para baixo. Rose sentou-se no para-choques e encolheu os ombros. "Sydney poderia entregá-los."

"Essa é provavelmente a nossa melhor aposta – mas eu não quero me separar dela até chegarmos a... bem, onde quer que estejamos indo. Por razões além de mim, Sydney e Sonya tinham se conectado, e ela tinha conseguido obter respostas de Sonya quando nem Rose nem eu pudemos. "Talvez precisemos da ajuda dela."

A cabeça de Rose caiu contra o vidro com um gemido. "E assim, nós arrastá-los junto."

"Com medo mesmo." Olhei para ela com alguma seriedade. "Você sabe, quando eles estão sob custódia, há uma grande chance de eles terem uma história e tanto para contar às autoridades sobre nós."

Ela acenou com a cabeça. "Sim, eu sei. Acho que isso é um problema para depois. Tenho que lidar com os problemas imediatos primeiro."

Era a minha Roza. Um pé na frente do outro. Preocupe-se com hoje e deixe o amanhã se resolver. Enquanto eu me preocupava com os detalhes, ela pegava as coisas como elas vinham e então fez o que era preciso para fazer as coisas. E de alguma forma, juntos, sempre conseguimos fazer as coisas.

Eu sorri. "Bem, essa sempre foi nossa estratégia, não é?"

Uma pequena risada rompeu seu corpo com nossa realidade absurda, mas ela não discordou de mim. Na verdade, ela parecia sinceramente divertida com a loucura. E por que não? Às vezes tudo o que podia fazer era rir diante da loucura impossível. Então eu ri junto com ela porque a única coisa mais fácil do que rir de tudo isso era saber que você estava rindo junto com alguém que iria ver tudo com você.