Por tanto tempo quanto eu posso me lembrar, sempre houve uma fera no castelo na borda da floresta. Eu só... Nunca sonhei sobre ela antes. Não até hoje a noite.
Em meu sonho, eu posso ouvir as folhas de outono esmagadas sob os pés conforme eu ando, mas eu não posso ver nada. Porque eu não posso usar os meus olhos, todos os meus outros sentidos parecem ter ganhado vida, e eu sinto o cheiro da rica argila da terra, escuto os pássaros cantando nas árvores, saboreio o vento fresco que clareia a noite. Eu estou sozinha na floresta, o que é estranho, porque ninguém vai para a floresta.
É amaldiçoada.
As aves florestais ficam em silêncio, e então eu ouço passos. Eles não são passos humanos; eles são pesados. Lentos. Ameaçadores.
— Quem é você? — A voz pergunta, profunda e rouca. Eu sei que esta é a fera. Em vez de estar aterrorizada, porém, eu estou excitada. Há poder no som de sua voz, no passo pesado de seus pés. Eu posso sentir a sua presença no ar, como se ela estivesse fazendo o vento obedecer simplesmente por existir.
Eu fico quieta e eu posso sentir meus mamilos endurecer contra a frente do meu vestido. Meu pulso golpeia entre as minhas coxas, como ele faz quando eu me toco secretamente. Ainda assim, eu não posso ver nada, mas eu não tenho medo.
— Eu sou Allyson. — eu sussurro, e minha voz soa abafada aos meus próprios ouvidos. — Eu estou aqui para ser sua noiva.
— Deixe-me! — ela comanda. — A única que pode ser minha noiva deve estar aqui por sua própria escolha.
— Eu escolhi isso. — eu digo a ela, e eu quero dizer isso. Meu corpo está formigando com antecipação, e eu lambo meus lábios secos. Eu quero isso, mais do que qualquer coisa. Eu só desejo que eu pudesse vê-la.
— Você deve me escolher. — ela repete novamente. — Em todas as maneiras. — E sua mão toca meu rosto, exceto que não é uma mão, é uma pata. Eu posso sentir garras e pele. Eu estou curiosa, eu me pergunto se ela parece humana no mínimo.
— Você me escolhe em todos os sentidos? — Ela pergunta.
Eu assinto.
— Então fique de joelhos. — a fera me diz, e eu ouço o farfalhar de roupas. Eu não sei se é a sua ou a minha, mas eu sei que caio de joelhos em seguida, e...
Eu acordo, arfando. Minha boceta está latejando com a necessidade e eu estou sozinha, na minha cama. Foi apenas um sonho.
No entanto parecia tão real. Eu imagino o que isso significa. Eu saio da cama, agitada, e vou para a pequena janela do meu quarto. Eu abro o batente da janela e respiro profundamente o ar da noite. Que sonho tão estranho. Estranho sonhar com a fera, e ainda mais estranho ser excitada por ela.
Eu imagino com o que ela se parece. Se ela é tão hedionda como as histórias dizem. Eu nunca vou saber, mas eu estou curiosa.
*****
No dia seguinte, toda a cidade fala sobre nada além da fera, e o próximo festival da colheita. Eu não estou surpresa. É assim todos os anos tanto quanto eu posso me lembrar. Minha mãe diz que ela tem histórias de sua mãe avisando-a para não ir para a floresta depois de escurecer, porque era de domínio da fera. Que ela assombrava as sombras e os lugares escuros, e que a fera roubava a luz de todos aqueles que se aventurava perto demais. Que uma vez ela foi uma princesa que ofendeu a rainha das fadas, e tudo o que a princesa valorizava foi roubado dela como punição.
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Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ Beauty and the Beast • Sʜᴏʀᴛ Fɪᴄ
أدب الهواة04 • C̳̳o̳̳m̳̳p̳̳l̳̳e̳̳t̳̳o̳ • ✓ • 𝔸 𝔻 𝔸 ℙ 𝕋 𝔸 ℂ 𝔸 𝕆 • ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴀᴜᴛᴏʀᴀ ➪ AsukaMaia S̳̳I̳̳N̳̳O̳̳P̳̳S̳̳E̳ Por anos incontáveis, sempre houve um animal na floresta amaldiçoada . Todos os anos no festival da colheita...