Capítulo 04

167 17 5
                                    


Mais tarde naquela noite, quando fica mais frio e os grilos começam a cantar, eu relutanteme te fecho a minha janela e volto à minha cama. Tem sido um longo dia quieto de cegueira, e eu toco minha venda mais uma vez para garantir que ela está firme no lugar. Uma vez que eu me tranquilizou que ela está, eu puxo minha camisola sobre a minha cabeça e a lanço para o chão, rastejando sob os cobertores. Eu vou me certificar de que Dinah perceba cada pequena coisa que faço a mim mesma esta noite, mesmo que ela não queira.

                     
Eu suspeito que a fera estará de volta de novo. Mesmo se ela não quiser falar comigo, eu não acho que ela vai ser capaz de resistir em me observar. Por tudo o que eu sei, ela está em silêncio me observando durante todo o dia.

                     
O pensamento de Dinah me observando mesmo agora me faz tremer. Eu deslizo uma mão sob as mantas, segurando meu peito. Será que ela vê isso? Dinah esteve vendo como eu me despia? Imaginando as minhas ações?

                     
— Dinah? — Eu digo suavemente, empurrando os cobertores para baixo com a outra mão para que ela possa ver os meus seios. — Você está aí?

                     
Está totalmente quieto. Mas isso não quer dizer nada. Isso significa apenas que eu não a peguei desprevenida o suficiente.

                     
— Eu acho que você está. — eu digo em voz baixa. — Eu acho que se você tiver apenas uma convidada por alguns dias do ano, você vai vir e vê-la, mesmo se você não quer. Eu acho que você não será capaz de ficar longe.

                     
Não há nenhuma resposta.

                     
Eu começo a imaginar se eu estou errada. Talvez ela não está aqui me observando. Talvez a fera não está interessada em mim. Não importa se Lisa acha que eu posso quebrar a maldição se ela não está interessada em mim no mínimo. Eu deslizo minhas mãos sobre meus seios e esfrego os mamilos, inclinando a cabeça como se ela estivesse lá e eu estou falando com Dinah de qualquer maneira.

                     
— Você quer ver eu me tocar de novo hoje à noite? Porque eu vou.

                     
— Por que você faz isso? — Sua voz grossa e rouca vem depois de um momento. Soa mais feroz do que antes, mais bestial. — Você procura me torturar?

                     
— De modo nenhum. — Eu deslizo uma mão pela minha barriga. — Por que eu não posso me tocar? Obter o prazer que eu quero antes do meu tempo acabar?

                     
Passos. Quando ela fala a seguir, Dinah soa muito mais perto da minha cama.

                     
— Você usa a sua venda ainda.

                     
— Eu uso. — Está firmemente no lugar e eu não consigo ver nada. Eu sinto uma pequena pontada de arrependimento que eu não posso ver seu rosto. Eu quero saber como ela se parece. Eu quero saber tudo sobre ela. Eu quero ver seus olhos, porque eu quero saber o que ela está pensando.

                     
Agora eu estou apenas tendo que ir na fé.

                     
— Você não quer olhar a besta? — ela me pergunta.

                     
Mais do que tudo, eu penso comigo mesma, mas eu continuo a correr minhas mãos sobre a minha pele nua, me tocando.

                     
— Importa o que você se parece? Não muda nada sobre isso.

                     
— Você pode ficar horrorizada ao ver o que eu realmente me pareço.

Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ Beauty and the Beast • Sʜᴏʀᴛ FɪᴄOnde histórias criam vida. Descubra agora