PRÓLOGO

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Eu sei que

Uuh, pássaros voam em todas as direções

Uuh, espero te ver novamente

Uuh, pássaros voam em todas as direções

Uuh, então voe alto, então voe alto

Uuh, então voe alto, então voe alto

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"O homem é o lobo do próprio homem."

Quando Nathan disse isso há anos atrás, antes da minha vida sofrer uma reviravolta em conjunto com quem eu sempre fui — assim —, deixando de ser Clary e passando a ser Clarissa Lynch, a agente indomável do FBI.

Quando Nathan disse essa frase eu ri da cara dele e pensei "céus, como os homens são estúpidos", porém agora essa frase faz sentido agora como nunca antes.

O homem caça a si mesmo.

Os homens querem aniquilar os outros.

É como uma guerra. Uma guerra por poder, por riqueza, por sangue.

Uma guerra, apenas uma guerra.

Levo meu cigarro até minha boca e praguejo alguma coisa baixinho ao lembrar que estou enchendo o SUV do FBI de fumaça de cigarro barato.

Observo os sujeitos conversando entre si e arqueio uma sobrancelha quando os vejo trocando uma sacola com algo.

É sempre assim que começa, é sempre assim que eu tenho a certeza da minha razão.

A única vez que eu não segui minha intuição, que eu não segui meus instintos, ocasionou em uma verdadeira baderna, em um coração partido e em um tiro em Nathan.

Tiro algumas fotos de meus amigos traficantes e ligo o SUV, engatando a ré e dirigindo até o lugar que eu acordei há dois dias atrás.

"— Clary? Clary, você consegue me ouvir? — a voz de minha irmã é a primeira coisa que alcança meus tímpanos.

— Acho melhor darmos um tempo pra ela, Jen.

— Eu preciso saber se ela perdeu a memória — a escuto responder e começo a rir automaticamente, sentindo uma dificuldade insuportável de abrir os olhos, mas abrindo-os mesmo assim.

Encontro minha irmã ainda com seu vestido do almoço, somente vestindo um sobretudo bege por cima, os cabelos presos, os óculos caindo e a maquiagem borrada me diz que não tem dormido muito bem nas últimas horas. Meus olhos guiam-se até meu novo cunhado agora, percebendo que ele não está muito diferente da minha irmã com seus cabelos bagunçados, como se tivesse passado a mão ali mil vezes de forma estressada.

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