LIVRO 3 DA TRILOGIA "CORES"
"Se tem uma coisa que os homens precisam saber é: uma mulher traída é capaz de qualquer coisa".
Clarissa Lynch por muitos anos fora a princesinha gangster, irmã caçula de Nathan e uma das mulheres mais cobiçadas de...
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— Puta merda — é tudo que eu consigo dizer quando percebo como Clarissa está fervendo ao meu lado.
Era disso que eu tinha medo depois da noite de ontem e do dia de hoje: que ela voltasse a ser como estava sendo antes.
— Isso não está me cheirando bem — Nathan sussurra e eu balanço a cabeça positivamente.
Realmente. As paredes pintadas com tinta vermelha, em ameaças explícitas, alguns móveis quebrados e a porta da frente arrombada com certeza não cheira a rosas.
Isso tem cheiro, tem aroma, de gangue.
Somente algo grande o suficiente pra fazer isso.
— Mas eles não estavam aqui, isso significa que devem estar bem, enfiados em algum lugar — o irmão de Clary sussurra. — Jeremy não faz o tipo que cairia de mãos abanando, com certeza teriam algumas marcas de luta ou cartuchos vazios espalhados.
— Sonya também — concordo à medida que Clarissa se aproxima.
— Ainda não consegui contato com os dois, mas eu sei muito bem quem fez isso — anuncia com o maxilar trincado. — Aquilo...
Ela aponta para um quebra-cabeça desenhando de tinta no canto da parede.
— É a marca dele. É a marca de George, eu o conheço bem pra saber disso. O filho da puta sabe de Sony e Jeremy, preciso tirá-lo daqui de Londres — ela diz isso tudo em uma velocidade impressionante, tanto que eu e Nathan demoramos um pouco pra responde-la.
— Você não tem que se preocupar com a localização deles agora, Clary. Se você não está os achando, com certeza o traficantezinho não irá achar também — o homem ao meu lado responde tão sombriamente que eu sou obrigado a juntar minhas sobrancelhas em puro terror.
Que tipo de pessoa Nathan Lynch é capaz de se tornar longe da mulher e do filho?
— O problema é eles chegarem aqui e encontrarem a casa desse jeito — ela enfia as mãos nos cabelos louros nervosamente.
— Aí eles entrarão em contato com você, mas todos esses agentes e a polícia aqui, com certeza, dirão o que está acontecendo — respondo. — Se acalme, Clary.
— Não vou me acalmar. Amanhã mesmo eu entro em contato com Phillip e passo a integrar a quadrilha, não vou deixar George para trás e muito menos esquecer os meus objetivos — ela entra na casa e eu caminho atrás dela.
— Clarissa, você não acha perigoso demais fazer esse tipo de coisa? Você não acha que... Que integrar a quadrilha seja um pouco demais? É melhor continuar com o FBI, conosco, vamos conseguir pegá-lo dessa maneira também — começo e ela me encara.
