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Viver com cautela é algo que eu não quero fazer

Viver com cautela é algo que eu não quero fazer

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DOIS DIAS DEPOIS

— Saia do meu pé, Capucci — resmungo após chegar e casa, escutando sua risada.

— Não — estremeço de raiva.

Jacob não sai do meu desde que eu — sem querer — mostrei a ele minhas fraquezas, desde então o imbecil tem estado apenas aqui, me seguindo, me infernizando e, pior, concordando com tudo que eu digo.

— Quando será a próxima missão? — eu movo meus olhos até os dele, percebendo agora que ele está arrancando seus coturnos para se estabelecer aqui em casa.

— Você pode voltar pra sua casa, agente — abro minha geladeira.

— Não... Essa missão é perigosa demais, não podemos te deixar sozinha. E, já que os outros estão todos juntos, eu posso muito bem ficar assim.

— Eu sei me proteger.

— Eu sei que você sabe, mas talvez eu também queira ajudar.

— Não pedi por isso.

— Deixe de ser mal humorada, Clarissa. Facilite as coisas. Eu só irei comer e dormir, nada mais — coloco minhas duas mãos nos quadris. — Quando será a próxima missão? Já tem uma previsão?

— Saia da minha casa, Jacob. Eu gosto de ficar sozinha, ouviu? Pode, pelo menos, respeitar isso? — questiono e ele bufa.

— Não, eu não posso. Tem algo pra comer? Cozinharei pra nós.

— Jacob?! — agora eu exclamo e ele me fita de relance antes de começar a mexer nos armários da MINHA cozinha. — Qual a porra do seu problema?

— Lembra quando você INVADIU o meu camarim? Bebeu a minha água? E me beijou? Sem escolha? Pois bem, estou fazendo o mesmo que você. Invadindo a vida dos outros — eu deixo o meu queixo cair agora e escuto sua risadinha. — Digo, Clary, estou só... Aprendendo com você.

— Eu estava com a cabeça à prêmio! — grito e agora Jacob me encara com muita firmeza.

— Eu não sabia. Por que não me falou?

— Por que raios eu confiaria em você? — resmungo prendendo meus cabelos e perdendo um pouco a confiança de sempre.

— Por que estava fugindo?

— Recebemos uma denúncia de tráfico internacional de drogas e que os traficantes maiores estavam na sua luta. Então, eu fui designada para atraí-los, porém... As coisas saíram dos trilhos e eu precisava fugir pra algum lugar. Quando entrei no seu camarim não esperava encontrar alguém — dou de ombros.

— Se fosse qualquer um dos outros lutadores teria reagido, você sabe disso, não sabe?

— E o quê que eu posso fazer? — rebato rindo. — Aconteceu há bastante tempo, o que posso fazer agora é agradecer por permanecer viva e não ter sido entregue para traficantes.

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