Telefonema

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Bubbles acorda saltando da cama de forma alegre, vendo o seu quarto iluminado pela claridade da janela que tinha sua luz refletida nas paredes brancas e azul bebê do seu quarto.

Seu quarto era bem organizado, tinha mesinha de cabiceira em cada lado de sua cama de casal de tamanho médio, uma penteadeira  branca com detalhes azul bebê de três espelhos espaçosos e curvados na parede oposta a da sua cama. Ela era muito vaidosa com sua aparência por isso gostava de ter uma penteadeira a altura. Não é que ela era patricinha ou coisa do tipo mas ela fazia questão de sempre estar bonita, não importando a situação.

Seu quarto ainda tinha uma janela saliente. Ela adorava ficar naquela janela para pensar, desenhar, escrever em seu diário e olhar a paisagem. Só Deus sabe como ela já chorou naquele lugar, era um abrigo pra ela nos momentos mais tristes. não o mais protegido mas sim o mais caloroso.

Bubbles começa a se lembrar de quando chorou de alegria pelo despertar do seu poder especial "O grito sônico" aquele dia foi muito especial para ela, já que ela conseguiu provar para suas irmãs que não era fraca e não precisava de proteção. Claro que as duas não pararam de se preocupar mas ela já se sentia mais respeitada por elas e isso era o que ela queria.

Lembrou também de quando teve o seu primeiro término de namoro com aquele babaca do Tyler Valentine. Suas irmãs odiavam ele, e a loira demorou muito para perceber o quão escroto era aquele moreno de olhos azuis marinho. Sempre deixava ela esperando nos encontros, dava pequenos flertes com algumas meninas quando Bubbles não estava olhando (de acordo com suas irmãs) e só se interessava nos atributos físicos da mesma, nunca queria conversar sobre o relacionamento dos dois e só queria sair com os amigos dele para curtir baladas e provavelmente chifra-lá no processo. Bubbles agradecia por ter acordado a tempo antes daquele escroto ter tirado o que ela considerava precioso demais para qualquer um tirar dela.

Bubbles estava inerte em suas memórias boas e ruins ao mesmo tempo até que uma frase aparece em sua mente fazendo uma lágrima escorrer em seu rosto, "Você não me conhece". Aquela simples frase fez a loira sentir tristeza por algo que pra ela já estava morto e enterrado. Aquele dia tinha sido o pior que já teve em toda sua vida, não saiu do quarto durante uma semana depois daquele ocorrido.

Seus pensamentos se dispersam ao ouvir um "toc toc" na porta logo em seguida de uma voz um pouco estressada. — Bubbles já não basta a Butter ter enrolado pra levantar, vamos logo! Não quero me atrasar no primeiro dia de aula. — dizia a ruiva impaciente atrás da porta.

— Tá bom!! Já desço... O professor fez panquecas né? — Dizia a loira curiosa com a resposta da ruiva.

— Sim ele fez suas panquecas. — Dizia a ruiva revirando os olhos e sorrindo em seguida com um grito agúdo de felicidade no outro lado da porta. — Melhor você sair logo antes que a Butter saía do quarto e coma todas as suas panquecas.

— Então quer dizer que a loira não saiu do quarto ainda. — dizia a morena que saía do banheiro naquele momento, esboçava um sorriso malicioso no rosto. — Ótimo mais panquecas pra mim!!! — Dizia a mesma que logo em seguida deixou um rastro verde no corredor e em seguida nas escadas.

— ãããhmm Bubbles ela vai comer as...— a ruiva não consegue terminar de responder vendo que a porta da azulada tinha sido aberta bruscamente pela mesma, gritando furiosa um "Não vai mesmo!" E logo em seguida deixando um rastro azul no corredor e descendo rapidamente as escadas, deixando a ruiva perplexa com a imaturidade das irmãs quando o assunto é comida.

[...]

— Professor estava uma delícia! Muito obrigada por ter feito as panquecas hoje. — Bubbles dizia batendo palminhas enquanto mostrava um sorriso contagiante.

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