Reino de Trufborodph parte 4

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Após todos os acontecimentos fui ter minha primeira aula de magia.

(Eu) - Eu estou pronta, vamos.

(Flesias) - Estarei te ensinando apenas o básico, primeiro pegue esse livro que irá servir como catalizador.

(Eu) - O-ok!

(Flesias) - Lembra do que te disse antes sobre o funcionamento da magia? Esse livro por enquanto tem só 1 magia básica que você irá aprender a dominar.

(Eu) - Mas são muitas páginas só pra uma coisa básica, não?

(Flesias) - Sim, magia é meio complexa mas pra lançar essa você só vai precisar ler as primeiras 40 páginas, então te darei meia hora pra ler essas poucas páginas e voltar até mim.

(Eu) - Tudo bem, se é só isso então vai dar certo por um momento fiquei assustada.

Após as meia hora lendo eu consegui ler as 40 páginas a tempo e entendi parte do conceito, porém tinham formas e símbolos que não faziam sentido na minha cabeça, mesmo assim decidi voltar e continuar minha aula.

(Eu) - Flesias?

Chegando perto e perguntando pelo nome dela a vi com uma pose serena que aparentava estar meditando, porém fiquei encantada com sua beleza.

(Flesias) - Oi, fez o que falei certinho?

(Eu) - Sim.

(Flesias) - Ótimo, como é uma magia muito simples você provavelmente vai dominar ela agora e ela consiste em jogar uma bolinha pequena de água.

Enquanto ela falava a mesma foi se levantando e apontando para uma lixeira que existia naquele salão grande.

(Flesias) - Quero que você mire os olhos lá e estenda a mão após me observar.

Flesias estendia a mão a deixando aberta enquanto uma aura começava a emanar dela causando uma pequena pressão.

(Flesias) - Não perca o foco e depois disso quero que repita o que eu fizer.

(Eu) - Ok.

Ela rapidamente pegou o cajado que sempre portou com ela usando a mão esquerda enquanto mirava na lixeira com a mão direita dizendo.

(Flesias) - Imagine um rio e logo no fim desse rio dá início a uma grande cachoeira.

(Eu) - Sim.

(Flesias) - Nessa cachoeira dá início a um novo rio que dá diretamente ao mar onde é a fonte da vida, agora quero também que imagine que tanto no mar e nesse rio existem peixes e milhares de tipos de vida diferente que os utilizam pois a água assim como a magia é a fonte da vida.

Enquanto ia falando um pequeno tornado ia surgindo na sua mão onde o mesmo começava a levar poucas gotículas de água para o centro do tornado.

(Flesias) - Assim como há vida na água também há morte, e é assim que se inicia e termina um ciclo dando início ou o fim da sua magia.

Seu olho vermelho começou a brilhar deixando um tom vermelho meio claro.

(Flesias) - Por fim imagine uma bolha da proporção que você quiser e lembre que quanto maior a bolha mais mana irá gastar, portanto use com sabedoria.

Uma pequena bolha começou a se formar flutuando no pequeno tornado que aparecera em sua mão onde a mesma foi lançada na lixeira em alta velocidade fazendo um pequeno barulho de poc.

(Eu) - Isso foi muito legal, mas estou nervosa pra tentar...

Ela deu um sorriso pra mim e disse.

(Flesias) - Você consegue!

Crendo em suas palavras e cheia de determinação segurei o livro com a mão esquerda e posicionei meu braço em direção a lixeira e comecei a imaginar o ciclo da água e da vida que nela contém.

(Flesias) - Isso, agora se concentra.

Comecei a sentir um pequeno choque no meu braço com a presença de um pequeno vórtice de ar na minha mão.

(Flesias) - Tem algo estranho...

Senti o choque indo apenas para os meus dedos enquanto meus sentidos ficavam um pouco confusos.

(Flesias) - PARA!

(Eu) - Como faz pra parar!?

De repente senti um impacto na mão direita e o vórtice sumiu e senti o livro que estava segurando cair da minha mão dando início a uma explosão da parede do salão onde eu estava onde os destroços voavam para todos os lados, eu tinha quase certeza que fui eu quem fiz aquilo.

(Flesias) - O que foi isso?

Ao olhar para o chão no intuito de pegar o livro notei que ainda estava segurando ele, e após isso olhei para a Flesias e ela estava agachada no chão com um pedaço pequeno de madeira fina atravessado no seu braço direito.

(Flesias) - Keline, não olhe pra mim...

(Eu) - Me desculpa, como assim!? Você precisa de ajuda!

Ela segurou a um pouco dor e falou em um tom mais alto.

(Flesias) - EU FALEI PRA OLHAR PRA FRENTE! NÃO OLHA PRA MIM!

Olhei de repente pra frente e fiquei assustada com aquilo que estava na direção, a única coisa que senti foi um frio na espinha e o meu corpo congelando com tamanho medo.

(Eu) - Flesias... O que é isso?

(Flesias) - O nosso fim...

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