Há um pequeno detalhe que não faz sentido. O que sinto no momento é algo como se eu estivesse em um local aquático profundo sendo uma carpa vendo uma outra carpa exatamente igual a mim, ou também posso dizer que é como se eu estivesse na frente de um espelho perfeito, dando em conta que um espelho comum reflete apenas 80% do lado de fora ocultando os 20% o qual ninguém sabe para onde vai.
- Quem é você? (Eu)
- Quem você acha que sou? (???)
- Talvez um reflexo meu? (Eu)
- Você sabia que reflexos não são totalmente perfeitos? (???)
- Sabia sim. (Eu)
Fiquei um pouco assustada, e se for alguém querendo fazer algo contra mim não irei saber o que fazer, portanto devo assumir distância e ficar o mais longe possível.
- Er... (Eu)
- vejo que está assumindo distância. (???)
- Me desculpe, mas quem é você? (Eu)
Dizia isso enquanto me afastava aos poucos dando pequenos passos para trás, enquanto a mesma vinha em minha direção na exata mesa velocidade, aumentando assim a velocidade dos seus passos aos poucos enquanto em resposta eu também aumentava a velocidade usada para me afastar.
- Opa desculpe meus modos, esqueci que não havia me apresentado antes... (???)
Acho que percebi uma coisa a respeito dela apesar de eu sentir que já a conhecia antes mas isso não vem ao caso, o que percebi é que apesar dela ser idêntica a mim tanto em aparência quanto no modo de vestir, a personalidade dela ainda é desconhecida mas sei que isso é totalmente diferente de mim.
- Eu sou... (???)
- Você é?... (Eu)
- Desculpe, mas não posso te falar. (???)
Ela disse isso enquanto fechava sua mão e a colocava sobre sua boca dando uma pequena e simples risada.
- O que houve? (Eu)
- É que... eu não posso te falar o meu nome. (???)
- Porque? (Eu)
- Porque eu não lembro meu nome. (???)
De repente fiquei sem reação com várias idéias se esboçando em minha mente, foi quando percebi a briza que estava passando pelo local cheio de grama e poucas árvores que estavam sobre o pé da montanha. Idéias como e se ela for realmente eu? Mas isso não faz sentido.
- O que!? (Eu)
Ao ficar presa em um simples pensamento, percebi que ela havia pulado na minha frente e me abraçado, o que por algum motivo talvez tenha sido a minha causa de perder minha consciência naquele exato momento.
- Onde estou...? (Eu)
Ao acordar perdida em pensamentos fiquei com fome ao lembrar a última vez que havia comido. Estava aos pés da montanha o qual Mortir, O traguban dissera que eu deveria subir.
- Por onde eu subo essa montanha? (Eu)
Perguntei a mim mesma ao observar ao redor e ver apenas rocha na minha frente, não havia uma única entrada aparentemente na montanha, apenas uma monstruosa massa feita de rochas o qual a compõe.
- Já que estou aqui o jeito é escalar. (Eu)
Me agarro no início da montanha e começo a subir apoiando minhas mãos pedra por pedra, com total cuidado sobre cada protuberância que estou pisando para alavancar ainda mais o meu corpo sobre a montanha e ganhar sempre mais altitude. Após continuar o ato de manhã até o por do sol olhei para baixo e percebi que havia subido o total de 1 metro, desci e me deitei suada e cansada sobre o gramado aparentemente frio perto do meu corpo quente, é quando escorre uma lágrima de meus olhos.
- Estou com medo... Onde eu estou e quem sou eu? (Eu)
Fecho meus olhos aos poucos tendo como última imagem o por do sol sobre o vasto campo enquanto ao mesmo tempo abaixo minha cabeça aos poucos tendo a visão da montanha diminuindo até ver o distante topo dela.
Abro os olhos ao ter os olhos irritados pela luz do sol e pelo calor, acordo com a barriga roncando e percebo uma corda vindo aparentemente de cima da montanha até aqui embaixo, ao me levantar seguro a ponta da corda com a mão direita, dou um puxão e nada acontece.- Análise... (Eu)
Me penduro na corda e começo a tentar a subir, mesmo sendo estranho uma corda repentinamente estando lá. Para minha surpresa o topo começa a estar bem mais perto e sinto como se tivesse sobre um ventilador gigante em cima de mim com a pressão do vento me empurrando para baixo, notando um detalhe e olhando para baixo percebo que estou me afastando dele cada vez mais de uma forma muito rápida me fazendo entrar em choque e paralizar por 1 segundo, que é o tempo em que solto a corda e percebo ela se afastar cada vez mais.
- KYAAAAAA! (Eu)
Dou um grito bem alto ao perceber que continuo subindo em alta velocidade até começar a perdê-la tendo sobre a visão o topo da montanha estando abaixo de mim, entro em pânico por perceber que estou desacelerando e posso cair a qualquer momento.
Em um momento aflita noto logo que parei sobre o ar e minha pele está brilhando em um tom verde bem fraco enquanto me aproximo lentamente até o chão do topo da montanha levitando e sendo jogada lá.- Olá!? (???)
Noto uma voz feminina de bravura que sai aos poucos de dentro da árvore sendo carregada por uma garota loira de cabelos com um penteado estranho, algo como duas rosquinhas seguidas de dois twintails ligados nelas a qual levava batom verde e roupas verdes xadrez sendo levada até minha presença por uma flor que havia nascido instantâneamente do chão e está a crescer cada vez mais com a moça pisando e sendo levada por ela como se a mesma mandasse na flor como sua serva obediente e fiel.
- Me diga, quem é você? (???)
A mesma disse isso ao apontar um galho com uma pedra verde em minha direção enquanto passava a impressão de ameaça.
- Eu não sei quem eu sou, e não sei o que você fez mas obrigado. (Eu)
- Então, o que quer aqui? E como assim não sabe quem é? Perdoe meus modos caso seja uma visitante sou Flesias Fleraflesaias, mas caso seja uma inimiga, Adeus! (Flesias)
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Kanjika
AdventureImagine você, acordando sem lembrar o seu próprio nome apenas com uma possível pista de uma letra.