Capítulo 17

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Gizelly acordou na manhã seguinte notando que estava sozinha e isso deixava ela furiosa.

"Definitivamente aquela roçeira não faz o meu tipo" pensava enquanto saía do quarto coçando o olho, mas pela visão periférica pôde avistar a cozinha e virando o rosto na direção dela, notou que a havia algo sobre a mesa.

Gizelly desviou o caminho do banheiro e seguiu para o outro cômodo onde pôde ver o café da manhã que Rafa fez. E no centro da mesa havia um bilhete:

"Nos vemos à noite. Tenha um bom dia, minha linda. Beijos"

Minha linda? Gizelly riu toda boba.

— Ai ai essa roçeira...

Após o café Gizelly foi para casa onde a mãe informou que o pai estava furioso esperando ela no pet shop. Já era quase onze da manhã, por isso ela correu pra se arrumar e ir para o trabalho que tanto odiava.

Já corria em direção a porta de saída quando a mãe saiu da cozinha e gritou:

— Foi boa a viagem com a Rafa?

Gizelly paralisou na mesma hora.

-— Q-quê? Eu nem viajei com ela. & Deu de ombros se fazendo de desentendida.

— Deixa de ser sonsa, menina! Encontrei ela hoje cedo e já sei de tudo.

— De tudo? Aquela linguaruda contou até pra senhora que estamos namorando? Ah, mas ela vai se ver comigo!

— Estão o quê? — A mulher sorriu de orelha a orelha. — Isso ela não contou.

— Ô droga!

— Conta essa história direito, Gizelly.

Ela correu em direção a porta.

— Tchau mãe!

Depois de começar o dia de trabalho com um sermão do pai, Gizelly teve que pegar no pesado, pois o homem não estava disposto a passar a mão na cabeça dela, afinal ele sequer sabia onde ela passou o final de semana.

"Com certeza com aquelas amigas ricas e esnobes que sequer sobem até nosso apartamento" pensava ele.

A coitada, que não era tão coitada assim, teve que ficar até mesmo após o pet shop fechar, fazendo uma limpeza minuciosa que conseguiu deixá-la destruída no quesito cansada. E a aparência não estava das melhores.

Ela se arrastou até em casa onde ao abrir a porta da frente se deparou com a cena de Rafa sentada à mesa com seus pais. Os três olharam para ela que encarava a cena, mas logo lembrou do quanto estava desarrumada e correu em direção ao quarto, sem dizer uma palavra.

"Droga Gizelly, por que você ainda se preocupar com isso?" se perguntava enquanto corria para o banheiro.

Afinal, naquela altura do campeonato, já devia ter deixado de lado aquela bobagem de manter a boa aparência diante da roçeira.

— Toma banho rápido! — gritou a mãe lá da sala. — Estamos te esperando!

Gizelly tomou um banho flash, mas o suficiente para se sentir melhor. Vestiu algo confortável e após um leve perfume, lá estava ela respirando fundo antes de sair do quarto.

"Você passou o final de semana inteiro com ela. Até estão namorando, então para com isso. Deixa de ansiedade e nervosismo besta"! falou para si mesma antes de sair e se deparar com a roçeira ainda à mesa, que ao avista-la abrir um sorriso que fez as pernas de Gizelly balançar e um frio na barriga quase fez ela se contorcer.

"Como pode ser tão linda?" pensava se aproximando.

— Trabalhou muito, Gizelly? — Rafa deu um sorriso debochado e a outra que estava sentada do lado logo fechou a cara e bateu na coxa dela.

Rainha do GadoOnde histórias criam vida. Descubra agora