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Você estava nos corredores da escola, indo em direção à saída. Ymir havia avisado que não poderia te levar para casa e, por isso, chamou alguém para te buscar.

Já era sexta-feira e você não aguentava mais todos aqueles professores enchendo o saco sobre deveres e etc.

Saindo da escola, avistou Levi escorado no carro e percebeu que tinha várias meninas olhando para ele. Foi em direção ao mais velho e ele logo percebeu, abrindo a porta do passageiro e indo para o canto do motorista. Entrou no carro sem falar nada - sempre foi assim, não é uma coisa anormal ou algo do tipo. Levi ligou o carro e saiu dali o mais rápido possível.

── Como foi a aula? - ele falou, ainda olhando para frente.

── A mesma coisa de sempre. - Fiz uma breve pausa ── Uma chatice.

── Então, normal. - respondeu rapidamente.

── Aonde estamos indo? Esta não é a direção da casa de Ymir.

── Estou te levando para dar uma volta. Você não pode ficar presa 24 horas naquela casa, [Nome].

── Hã? Claro que eu posso, não tem nada de importante para fazer na rua. - Respondi, mas não obtive uma resposta dele.

Alguns minutos no carro, que pareciam horas. Chegaram a uma sorveteria. Antes de entrarem, você segurou o braço de Levi e começou a falar.

── Eu quero te pedir um favor... - Falei e ele me olhava, falando para mim dar continuidade ao que eu estava dizendo ── Queria que você fosse pegar o carro da minha mãe... Quero que você pegue ele e o deixe em sua casa, onde é seguro. - Falei e Levi balançou a cabeça em sinal de um sim. Logo depois, saíram do carro e foram em direção à entrada da sorveteria.

Quando entraram, percebeu que Erwin e Zoe estavam lá, sentados, esperando por nós. Então foram em direção a eles.

── A gente já estava quase pedindo o sorvete se vocês não chegassem logo. - O homem de óculos falou, olhando para Levi, que não deu a mínima ── Então, já que estamos aqui, qual sabor vão querer? Eu vou lá pegar.

── Eu tô de boa, não quero nada. - Erwin falou.

── Eu também não. - Levi falou, e Hange fez uma cara estranha.

── E você, [Nome]? - Ele diz, enquanto eu me sentava ao lado de Erwin.

── Acho que um de flocos. - Ele logo concordou e foi em direção a um cara.

── Como você está? - Erwin perguntou ── Depois... de você sabe o que. - Ele estava se referindo ao jantar.

── O jantar... Bem, correu tudo bem.

Quinta-feira, 20:30

Você estava sentada junto com toda a sua família - por parte de mãe. Sua avó parecia inquieta. Comemos em um silêncio totalmente desagradável.

Sua avó se levantou, pegou a taça em mãos e uma colher, e bateu na taça, chamando a atenção de todos.

── Meus queridos familiares. - Disse, dando continuidade a qualquer assunto que ela iria falar ── Eu vou ser bem direta. Eu voltei para resolver quem iria ficar com os meus bens... E bom, eu não estou muito bem de saúde, mesmo aparentando que estou. - Ela disse, como se fosse algo feliz ── E para não ter brigas, resolvi fazer um testamento e bom... - Ela parou de falar, enquanto um cara todo engravatado entregou a ela um papel, que suponho que seja o testamento ── O meu dinheiro será dividido entre meus netos. - Ela disse, e eu fiquei assustada ── Leo, meu neto mais velho, ficará com 10%. - Por que minha avó queria falar disso agora? Não faz sentido ── Emmi ficará com mais 10%, juntando o total dos gêmeos, deu 20%. - Ela continuou falando até chegar a você, que era a neta mais nova ── [Nome], você ficará com os restos dos 30%. - Ela falou, e vi o olhar de um dos gêmeos me fuzilando, mas voltei à minha refeição, como se não tivesse acontecido nada ── Sei que é muito cedo para falar disso, mas eu precisava. Agora, meus filhos... Bem, vocês já têm a vida ganha, não precisam de mais nada. Ou seja, as casas que eu tenho serão divididas entre meus netos. Qual casa, quem fica com qual, vocês devem estar se perguntando, mas isso só vão saber quando eu morrer. - A mais velha se sentou de volta na cadeira, dando risada e voltando à sua refeição.

Sexta-feira, 15:00.

── Nada de importante aconteceu, Erwin.- Falei e logo senti uma mão no meu ombro. Era Hange, ele estava com os sorvetes na mão, logo estendeu o meu  para que eu pegasse. Fiz isso rapidamente. Ele foi em direção a uma cadeira livre.

O dia foi até divertido, Levi nos levou até a praia, ficamos observando o pôr do sol, que, por incrível que pareça, estava lindo. Você e Hange descobriram que tinham algo em comum: amavam falar de coisas que provavelmente nunca existiram no mundo, ou se já existiram, não sabemos. Ficamos assim até que Levi falou que já era hora de irmos.

Quando cheguei na casa de Historia, pedi para que ele esperasse um pouco, porque eu tinha que buscar uma coisa. Fui correndo, subi as escadas, entrei em seu quarto, peguei as chaves do carro e desci rapidamente, entregando para Hange - que estranhamente estava na porta. Se despediram e entrei para dentro. Respirei fundo, subi as escadas com mais calma e fui para o banheiro, tomei um banho, saí e coloquei um pijama qualquer e dormi.

Por incrível que pareça, hoje você não havia pego seu celular para não ver nenhuma mensagem ou dado algum sinal de vida para seus amigos.

ISSUES - Hange ZoeOnde histórias criam vida. Descubra agora