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[NOME] POV;

Eu estava sentada na cadeira do hospital, desesperada por notícias do meu pai. Apesar de tudo o que ele disse, ele ainda é meu pai... Ele costumava ser um cara legal antes da mamãe partir.

Quando recebi outra ligação do hospital depois de voltar para o Japão, decidi não contar tudo para o pessoal. Não queria deixá-los preocupados comigo ou com meu pai.

Minha tia estava aqui quando cheguei, mas ela apenas me olhou de relance e saiu andando, provavelmente já tinha ido embora. Não fiz questão de falar com ela.

── Senhorita [Nome]? - Ouvi um médico me chamar, e logo me levantei.

── Sou eu! - O médico fez um gesto para que o seguisse, e foi o que fiz.

── Ele acordou. - Senti um alívio ao saber que meu pai tinha acordado ── Mas... Ele ainda não está bem. A primeira coisa que ele disse foi que queria ver você.

── Eu? Por que eu?

── Eu não sei, senhorita. - O médico colocou a mão no meu ombro ── Vamos, vou te levar até o quarto dele.

Fui junto com o médico, sentindo minhas mãos suarem de nervosismo e medo. O que ele queria falar comigo? Pedir desculpas? Isso seria uma perda de tempo.

Cheguei ao quarto e, antes de abrir a porta, vi meu celular tocar. Era o Ackerman. Será que alguma coisa deu errado? Resolvi me afastar um pouco da porta e atender.

── Sim?

── Porra, [Nome], por que você não me contou que seu pai estava mal pra caramba no hospital? - Engoli em seco. Como ele descobriu? OHange não contaria para ele, né? ── Já falei quantas vezes que você pode me contar tudo? Independentemente do que for.

── Como você descobriu?

── E isso lá importa?

── Sim, importa, Levi. - Respirei fundo, me encostando na parede.

── O Hange está aqui deitado na cama, bêbado pra caramba, e acabou soltando que seu pai estava no hospital. Ele não falou muito, pois está adormecido. - Decidi não dizer nada, sentindo-me mal por alguma razão ── Vou ligar para Yelena para ela ir aí ficar com você. Eu confio um pouco nela.

── Não precisa...

── Não te perguntei nada.

Ele desligou? ESSE DESGRAÇADO DESLIGOU NA MINHA CARA!? QUEM ELE PENSA QUE É?

Respirei fundo novamente, logo arrumando minha postura e indo até a porta do quarto onde meu pai estava. Empurrei a porta e o vi ali deitado na cama do hospital. Eu quis chorar. A última pessoa que vi naquele estado foi a minha mãe, já morta...

Caminhei lentamente até ele, que percebeu minha presença rapidamente.

── Você me chamou?

── Como você está, [Nome]?

── Como é que você acha que eu estou?

ISSUES - Hange ZoeOnde histórias criam vida. Descubra agora