DEZESSETE

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 “Só porque pode não significa que deva.”— 50 tons de cinza

Point of view Justin Bieber

O lugar era sombrio, com escuro por todos os lugares, e também

vazio.

Assim como eu.

Antes de Isabella entrar na minha vida.

Uma garota de cabelos loiros apareceu sob minha visão, ela usava um vestido branco, ele estava rasgado e sujo, seu rosto em branco

— Escolha, Justin — ela sussurrou sorrindo, me encontrei andando em sua direção incisivamente

— Justin —o grito de Isabella me fez virar para a encarar, ela usava  um vestido quase idêntico o da  garota, mas ele estava mais sujo, mais rasgado, seu rosto e pele também pareciam sujos

— Me escolha —a voz da pequena menina repetiu em minha mente

— Justin, por favor —Isabella gritou mais uma vez, me virei indo em sua direção sem mesmo pensar

Mas então a garota estava atrás dela, ela chutou os pés de Isabella fazendo com que ela caísse no chão, o chão se tornou lamas em meus pés me prendendo impedindo de dar mais uma passo a frente, eu queria gritar para que Isabella corresse mas nada saia, eu conseguia ver a angustia em seu rosto, o pedido silencioso de ajuda.

— Me escolha —a garota gritou e sem mais ela apontou uma arma para Isabella.

Isabella gritou.

Eu gritei.

Então e acordei.

Suando e ofegando do pesadelo, olhei para o lado vendo Isabella ainda dormir, sua boca meio aberta, ela parecia tranquila e alheia ao demônios em minha cabeça. E eu agradeci ao céus por isso.

Joguei o cobertor para o lado irritado com o pesadelo ainda me minha mente indo para o banheiro, eu precisava de um banho, precisava esquecer aquele fodido pesadelo.

O jato de água fria atingiu minha pele quente,fechei os olhos e entrei de vez debaixo do chuveiro, desejando que o medo e a náusea que tinham sobrado escorressem pelo ralo.

Estremeci, então meus pensamentos se voltaram para minha Isabella, meu anjo, que estava dormindo tranquilamente no quarto, eu precisava desesperadamente dela, precisava me perder em seus braços, mas eu não podia, e estava furioso por isso, por não poder abraçá-la, por não poder puxar seu corpo gostoso para junto de mim e me perder dentro dela, permitindo que espantasse aquelas lembranças.

— Porra —coloquei as mãos espalmadas sobre os azulejos gelados e deixei o frio me castigar. Eu era um cretino egoísta.

Se eu fosse um homem decente, eu teria lhe contado, desde que aconteceu, mas eu não era, em vez disso eu mentia para ela, e agia como se isso não acontecesse, eu sabia que quando ela descobrisse eu ia perde-la e eu era um filho da puta egoísta, mas eu morria de medo de perde-la.

Ensaboei-me para lavar a camada de suor que cobria meu corpo quando acordei, alguns minutos depois, voltei para o quarto e vesti uma calça de moletom, eu não precisava ir a Bieber enterprises hoje mas eu tinha uma teleconferência em uma hora. 

Olhei para o relógio vendo que já eram 07:12 da manha, fui ate a geladeira pegando uma garrafa de água e a pílula de Isabella colocando em cima da mesa ao lado dela, como toda a manha.

Sai do nosso quarto indo para o escritório improvisado que eu tinha usado enquanto estávamos nas Bahamas, era pequeno, apenas uma mesa e meu computador, mas eu podia trabalhar ali sem distrações, ou quase isso.

50 tons eternosOnde histórias criam vida. Descubra agora