carona

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   E Tony se viu novamente no Princess Bar.

   Já passava das 3:00 horas da manhã, e tinha apenas outros dois clientes. Natasha e Clint já tinham ido embora, já que o movimento está fraco e já estava prestes a fechar o bar.

   Tony bebe um gole da cerveja, olhando para um ponto fixo sem prestar atenção em volta. Quando sentiu o celular vibrar em cima do balcão, despertou e olhou para a tela acesa, vendo que era uma mensagem sem importância. Suspirou e bebeu mais.

   Ele foi sozinho para o bar. Depois que foi para casa, ficou sozinho na mansão e então teve a ideia de ir para o bar. Pediu um táxi e veio. Bruce estava ocupado com Thor, mas ficou tranquilo por ficar em um local com pessoas que conhece.

— Noite difícil? — Steve fala de frente à ele, chamando atenção do homem.

   Tony abaixa o copo vazio e concorda com a cabeça minimamente.

— Quer conversar?

   Se encaram. Era a primeira vez que alguém perguntava isso para ele sem demonstrar segundas intenções. Tony olhou para baixo e negou com a cabeça.

— Tudo bem. Se precisar é só me chamar.

— Por que está sendo tão gentil comigo? — Steve sorri com a pergunta de Tony achando que era brincadeira, mas fica sério e depois vermelho quando percebe que Anthony não está brincando.

— Não parece que você tem muitas pessoas gentis na sua vida. — o loiro constatou, pegando a caneca do outro e enchendo novamente de cerveja.

— Não muito. — Tony admitiu um pouco triste. — Mas você não respondeu a minha pergunta.

   O loiro colocou o copo de cerveja no mesmo lugar onde tinha pegado, e abre um sorriso.

— Que foi, não posso ser? — e simplesmente sai para atender os últimos clientes, ainda sorrindo.

   Tony abre minimamente a boca e depois fecha, um pouco espantado com a naturalidade de Steve, em como ele desviou de responder a pergunta e ainda saiu por cima.

   Ainda pensando um pouco nisso, Tony bebe em goles grandes a bebida, já sentindo que está bêbado. O moreno olha para o relógio, vendo que está tarde demais para chamar Happy.

— Tony, já estou fechando o bar. — Steve diz como se estivesse sincronizado com os pensamentos de Tony.

Ele se levanta do banco, colocando algumas notas ao lado do copo de vidro vazio.

Passou por Steve que estava limpando as mesas, e sai do bar sem se despedir dele. Estava frio do lado de fora, mas a cidade continua acordada, viva.

Tony enfia as mãos nos bolsos e suspira, se aproximando mais do meio-fio. Queria não se sentir sozinho mas acabou a noite sozinho e confuso. Confuso por voltar ao bar, sendo que tem outros que sempre frequenta e é cliente VIP, e por saber que existe pessoas gentis. Quer dizer, sabe que existe pessoas gentis, mas não com ele.

Não poderia ser babaca e não falar que Bruce, Pepper, Happy e outros gatos pingados não são gentis com ele. Na verdade, são os únicos que podem confiar de verdade.

Mas Tony poderia confiar em Steve? Um homem que acabou de conhecer? Sabia que não.

Olhou em volta querendo sumir para fugir dos olhares, mas permanece no lugar, esperando algum táxi passar para ir para casa. E como se fosse o destino arrumando um para ele, nenhum mísero táxi passa.

Em uma avenida movimentada, e quando mais quer ir para casa ter uma noite sem sono nenhum carro amarelo passa. Tony segura a expressão tentando não esboçar irritação no meio das pessoas.

𝐏𝐮𝐫𝐩𝐥𝐞 𝐫𝐚𝐢𝐧 | 𝖲𝗍𝗈𝗇𝗒 | hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora