Those Eyes - Sheibi

Those Eyes I

Minha filha mais nova 🤰🏻

Essa será uma jornada muito diferente de Sorte. Espero que vocês embarquem nessa comigo também.

Boa leitura 🖤

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Pov Sheilla

FLASHBACK ON

13 de Agosto de 2012 - Dois dias após a conquista do bicampeonato olímpico.

– Então vamos comemorar!

Thaísa decretou erguendo sua taça. Que momento mágico! Faziam poucas horas que jogamos e ganhamos nosso segundo ouro olímpico, dessa vez a conquista foi em Londres. Como resposta imediata, nosso grupo precisava comemorar. Ganhar o bicampeonato não só nos consagrava no hall mais alto do voleibol mundial como atletas, mas também elevou o nível da nossa seleção. Eu estava feliz, estava no auge da minha carreira. Eu tinha conquistado a glória máxima e eterna de um atleta duas vezes.

Alguns me julgariam por simplesmente estar ignorando todos os meus problema pessoais. Porém eu não ligava mais para o término de meu relacionamento com Marianne. Minha consciência estava tranquila que eu tentei demais, mas pela minha saúde, precisava dar um basta nisso. Deixaria que a bebida e a boca de algumas brasileiras presentes no Rio de Janeiro apagassem isso da minha memória. Eu seria vazia o suficiente para tapar o buraco que ela me deixou. O que eu não seria é idiota ao ponto de permitir com que o fantasma de Mari atrapalhe minha noite.

– Quantas taças você já tomou, Sheillinha? – Fabi Claudino, minha amiga, perguntou me abraçando.

– Não sei! Mas ainda não é o suficiente para tomar coragem.

– Coragem de que? – Thaísa se aproximou unindo-se no abraçando. Eu apontei com a cabeça para uma mulher que me encarava desde o segundo que eu cheguei.

– Às vezes é só fã. – Dei os ombros fingindo indiferença.

– Só fã? Ela está te engolindo com os olhos. Vai lá! Toma coragem.

Fabi incentivou e eu respirei fundo. Que mal faria? Pedi duas bebidas no bar e fui a passos lentos até ela. Pude observar o seu olhar penetrante sobre mim, os cachos caiam de forma perfeita por seus ombros, a postura correta, o maxilar bem definido. Eu não sabia ao certo o que esperar, mas eu queria dormir com essa mulher.

– Aceita? – Perguntei quando estava próxima o suficiente dela. Estendi a bebida em sua direção e a mulher sorriu lindamente aceitando de bom grado. Com nossa proximidade, tive o privilégio de observar os olhos dela. Ela é simplesmente perfeita.

– Obrigada! – Agradeceu dando um gole em sua bebida. – É a minha bebida favorita.

– A minha também. – Sorri com a coincidência gostosa. – Está sozinha? – Questionei apenas por garantia.

– Com uma amiga, mas fui trocada já. – Ela apontou para frente onde eu vi duas mulheres se beijando. Suspirei com inveja, queria fazer a mesma coisa com ela agora. – Você não está sozinha. – Ela afirmou e eu concordei. – Eu sei quem você é. Aliás, parabéns! – Eu sorri ao ser reconhecida. Isso não seria um problema para mim.

– Obrigada! – Agradeci sincera. – Você sabe o meu nome, certo? – Perguntei e ela assentiu. – Posso saber o seu? – Fiz graça e ela riu baixinho.

– Gabriela. – Ela respondeu de uma forma que cada sílaba saiu de forma sexy.

– Gabriela... – Repeti memorizando o nome lindo dela e ela sorriu. – Quer dançar comigo, Gabriela?