Capítulo 14

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"Samuel Baptista, um homem interessante eu diria" Disse Conner sentado na sua cadeira rolante e bebendo Whiskey "Chefe, porque matou os dois capangas que havia enviado?" Perguntou um dos seus homens que estavam em pé enfrente a sua mesa "Eu disse para assusta-lo não molestar, odeio esse tipo de pessoas" Respondeu com repulsa na voz fazendo-os se calar e se afastar de medo "Continuem vigiando aquele bairro, nada dever entrar ou sair sem eu saber" Instruiu com o seu famoso sorriso maquiavélico "Quero ver o despero nos olhos daquele desgraçado! E não façam nada com Sam, dele cuido eu" Eles responderam em coro "Nem uma palavra sobre isso ao Sanders! Podem ir"  Sairam do escritório deixando Conner bebendo, como tem feito desde que a sua filha desapareceu fisicamente.

"Sam, acorda! Vem comer um pouco" O mais velho abriu os olhos lentamente pela luz incomoda que entrava pela janela e se deparou com orbes acastanhadas olhando para si preocupadas "Jonathan, que bom te ter aqui" Abraçou o amigo começando a chorar novamente, talvez a sua sensibilidade se devesse ao factor de ser câncer ou simplesmente a sua situação não era fácil de lidar "Estou aqui, está tudo bem!" Boris ouvia Jon consolar o amigo enquanto retribuía o abraço e passava-lhe a mão nas costas "Pede para ele sair, por favor" Sussurrou Samuel mas o ruivo conseguiu ouvi-lo "Eu vou buscar um pouco de comida para você" O festeiro agradeceu acenando a cabeça.

"Porque pediu para ele sair?" Perguntou Jonathan ao irmão confuso "Não quero que ele me veja assim, tão vulnerável" Respondeu com a voz rouca pelo choro "Ele se importa contigo, posso ver isso nos olhos dele" Comentou o maior com um fraco sorriso nos lábios "O ruivo me contou o que aconteceu. Como você está?" Jonathan acordou naquela manhã com a sua tia gritando que alguém estava a sua procura e ele quase infartou quando se deparou com o ruivo que tinha aflição em seu olhar "Vou estar! Mas aquilo me trouxe lembranças que eu queria tanto esquecer" Disse deitando a cabeça nas pernas do seu amigo que acariciou a sua cabeça careca "Eu sei que não gostas de falar sobre isso mas precisas ir ao psicólogo" Aquele tema era delicado para ele mas Jon sabia que aquilo ajudaria "Não preciso de um psicólogo, estou bem!" Retrucou com sempre que falavam sobre aquilo "Você passa noites sem dormir por causa dos pesadelos e diz que está bem" Sam se calou pois sabia que o seu amigo estava certo "Eu vou tentar!" Suspirou de olhos fechados antes de responder.

Enquanto isso, o jovem russo andava de um lado para outro na sala "Eu preciso sair daqui e levar o Samuel comigo mas como eu faço isso!" Essa pergunta não saía da sua cabeça desde o momento que vira o Kingstone com o seu amado nos braços. Ele poderia matá-lo a sangue frio e o ruivo temia pela vida do mais velho "Ele já está mais calmo" Apareceu de repente assustando o futuro capô que murmurava para si "O Sam tem problemas de autoestima e é muito sensível, ele pediu que você saísse por vergonha" Justificou antes que o Boris perguntasse "Ele já tentou falar com um psicólogo?" Boris questionou preocupado "Isso é complicado. Porque a pergunta?" Devolveu o Barman curioso "Ele falou sobre essa não ser a primeira vez que isso acontece mas não quis continuar" Respondeu com a expressão neutra como sempre "Ele te dirá quando estiver pronto!" Disse Jonathan olhando para o ruivo com um sorriso nos lábios.

"Porque está me olhando assim?" Boris realmente estranhou o olhar direcionado a si "Você está se apaixonando por ele" O ruivo sentiu as orelhas quentes mas manteve a expressão séria no rosto enquanto Jon ria da sua reação fofa "Eu não sei como mas aconteceu e isso poder ser um grande problema" Respondeu se referindo a sua mãe e o seu cargo "Como assim? Não me diga que ainda está no armário!" Exclamou Jonathan intrigado " É algo do gênero mas importa agora" Ficou um silêncio perturbador até Jon ir embora.

Ao fim do dia, Boris foi ao quarto para acordar o mais velho que havia passado quase o dia inteiro dormindo por causa dos calmantes que Jon havia lhe dado " Mílêy, acorda!  Precisas comer" Chamoubo maior acariciando a bochecha do maia velho que resmungou antes de abrir os olhos "O que você disse?" Perguntou com a voz rouca "Disse que precisar acordar e comer" Respondeu se fazendo de desentendido "Antes disso, você disse uma coisa que eu não entendi" O ruivo sentiu as suas bochechas quentes "Mílêy, significa querido" Falou tirando um sorriso do mais velho que fez o coração de Boris bater mais forte.

O Mafioso Enamorado (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora