- Capítulo 1

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- Outra adaptação, mas agora de um filme, e vou tentar deixar os mais fiel possível
- Não sei se está bom, mas eu vou melhorando :)
Boa Leitura!

***

O beijo proibido. Sabíamos que era errado, que ele era o prometido do meu irmão. Mas se isto não era o que ele queria, por que ele veio ao campo do desejo? Era o destino, nos encontramos assim.

— Uh. - foi tirado de seu mundo fictício quando sentiu algo bater em sua rosto. — Ei! - chamou a atenção de quem havia jogado o travesseiro.

— Vamos passar um tempo juntos ou não? - Jisung perguntou com outra almofada na mão.

Taeyong tirou os pés da parede do quarto, fechou o livro e olhou seu irmão. — Eu só quero terminar esse capítulo. - ele disse pegando o livro novamente e o abrindo na página em que parou.

Até que ouviram um barulho de panelas caindo no andar debaixo e os dois se assustaram com o barulho repentino.

O irmão mais velho do dois chegou, ficando na porta ao lado de Jisung.

— Vamos descer e ajudar? - perguntou encarando o irmão.

— Você sabe que ele quer fazer sozinho,  Mas podem me ajudar a arrumar a mesa.

Jisung bufou, jogando a almofada que tinha em seus braços no chão do quarto de Taeyong. — Odeio quando papai faz comida chinesa, sempre tem um gosto péssimo. - falou com os braços cruzados.

— Apesar disso, comam o que ele puser na mesa, e diga 'hm' igual ao da mamãe.

E Jisung só revirou os olhos, rindo logo depois.

Escutaram a porta abrindo, quando chegaram no primeiro andar.

— Eai. - o outro que chegou escutou, Jisung o dando oi. - Não 'tô atrasado, né? Eu tava tentando meditar, mas acabei dormindo.

Enquanto o homem que chegou falava, Taeyong encostou-se no corrimão da escada e o observou de longe.

— Oi, amor. - o homem falou beijando os lábios de Taeil. E isso fez o sorriso de Taeyong sumir por leves segundos, mas ele logo tratou de disfarça e sorriu novamente. — Cheiro gostoso, senhor Lee.

— Hey, Johnny. - o pai dos três o comprimentou, colocando uma vasilha na mesa.

— Taeyong. - Johnny bateu na mão de Taeyong, fazendo um 'hi-five'.

Logo todos estavam na mesa para comer.

— Ei, Johnny, segura aqui enquanto eu corto. - recebeu um aceno do Seo.

— Escuta, olha só a faca elétrica está na cozinha, corto isso rapidinho. - o irmão mais velho saiu da mesa indo buscar a faca.

— Não acredito que não poderemos ver o Taeil até o Dia de Ação de Graças. - disse Jisung, apoiando o rosto com a mão. 

— Na verdade, meu amor, vai ser até o Natal, a Escócia é muito longe daqui pra vir antes. - o senhor Lee falou, olhando a cara tristonha do mais novo.

— 'Tá brincando, né? Não o veremos até o Natal?! - Taeyong falou indignado.

— Mas, Tae... olhe pelo lado bom, Taeil não vai usar o carro, assim você pode treinar. - disse o Lee mais velho sorrindo.

— Esqueci que vou com Taeyong agora. -  o Lee mais novo falou desanimado.

— Vai de ônibus, então. Mal agradecido. - Taeyong mostrou a língua para o irmão mais novo, parecendo uma criança.

— Bom se vocês forem brigar. Posso dar carona. Sou seu vizinho, não vou sumir. - Johnny falou em um tom brincalhão.

E Taeyong ainda estava olhando para ele com um sorrindo bobo.

— O que eu perdi? - Taeil perguntou ao lado dos irmãos.

— Estávamos falando em como o Taeyong é um péssimo motorista.

— É verdade, mas também falamos sobre aviões, e bom... Tenho uma surpresa pra' você. - Johnny falou se virando, para pegar algo em sua mochila que estava pendurada na cadeira.

Pouco depois, ele entregou a Taeil um pedaço de papel, pegou e logo o abriu sorrindo.

— Já que não vai vir no Dia de Ação de Graças, eu pensei em levar ele até você.

Taeil desdobrou o papel completamente, deixando seu sorriso anterior desaparecer, olhando cuidadosamente para o papel para ver se via corretamente.

— É uma passagem, vou te visitar na Escócia. - O seo falou sorridente.

-— Você já pagou por isso?

— Er, já sim, quer dizer, eu coloquei um alerta de vôos, quando você decidiu ir pra' lá. Por que? - Johnny perguntou confuso ao ver que Taeil estava desconfortável.

Taeil pigarregou, fechando a passagem do jeito em que o namorado entregou.

-— Hm, igual ao da mamãe. - Jisung falou olhando o irmão mais velho, tentando amenizar o clima.

   
Melhor contar um pouco sobre o Johnny. Ele e Taeil estão juntos há dois anos, mas antes mesmo de Taeil saber da sua existência, ele era o meu melhor amigo. Bem, era só amigo mesmo. Podia falar com ele sobre tudo. Nós nos entendíamos muito bem.

Não deixamos de ser amigos por eles namorarem, ele só ficou diferente. Eles não queriam que eu me sentisse excluído e sempre me convidavam, até pros encontros. Eles tentavam torná-lo o mais normal possível, mas... Eu sentia que segurava vela.

Não é que eu quisesse roubar o namorado do meu irmão, eu estava feliz pelo Taeil. Ele merece um cara como o Johnny. É por isso que eu escrevi uma carta a ele. Só que eu não ia mandar a carta, era só pra mim. Pra' eu entender o que eu 'tava sentindo. Mas, na verdade, acho que era sobre como às vezes eu imaginava como seria se eu tivesse percebido que gostava dele.

Taeyong via a briga de Taeil e Johnny de sua janela que dava direto para a rua. O mesmo foi em direção ao closet e ligou a luz, erguendo os olhos e vendo uma caixa redonda azul meio esverdeada, com um laço no topo da tampa.

As minhas cartas são o meu bem mais secreto. São cinco, no total...
Chittaphon, do acampamento. Jaehyun, da sétima série. Kun, do baile escolar. Doyoung, do modelo da Onu. E o Johnny.
Eu escrevo cartas quando eu tenho um crush tão intenso que eu não sei o que fazer. Reler as cartas me lembra do poder das emoções, e como nos consomem. O Taeil diria que eu sou dramático, mas acho o drama divertido.

     
— O que está fazendo? - Taeil tinha chegado no quarto segurando uma caixa.

— Uh... Nada. - Taeyong tampou a caixa na velocidade da luz e a guardou, à entulhando nas roupas.

— Seu quarto tá o próprio caos. - Taeil disse e se jogou na cama do irmão do meio, se cobrindo com o lençol.

— Você está bem? - Taeyong se sentou ao lado de Taeil.

— Sim. Bem, sei lá, eu... terminei com o Johnny.

— Você o quê?

Para Todos os Garotos que Já Amei - Jaeyong Onde histórias criam vida. Descubra agora