Desde a primeira vez que a vi, soube que tinha que fazê-la ser minha. Cada qualidade e defeito dela faziam-me a querer mais e mais. A raiva e ódio me contaminavam só de imaginar a minha garota com outro, ela é a única que consegue me fazer sorrir ve...
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Acordei cerca de 06h30min, pela primeira vez sem estar atrasada. Arrumei minha cama, tomei um banho rápido. Coloquei a primeira roupa que vi. O que resultou em shorts, uma camiseta com a imagem da Rihanna e meus all stars.
Estranhei descer as escadas e não encontrar minha mãe, liguei para a mesma, mas caia na caixa postal. Comi algo e escovei os dentes antes de sair. Ao chegar na escola, encontrei Pablo e Facu na roda do time de basquete e liders de torcida. Pensei em ir ou não, porém, quando notei estava sendo puxada por Facu que passou o braço pelo meu ombro. Vez ou outra respondia e comentava algo, mas eu nunca conseguia me encaixar naqueles assuntos. Ou falavam sobre pegar alguém ou quem seria a próxima vítima da lista.
Eu poderia dizer que as aulas passaram rápido, mas estaria mentindo. Química parecia ser uma eternidade para acabar, mesmo sendo uma das minhas matérias preferidas, estava cansada e com sono. No intervalo conversei rapidamente com Pablo, depois fui com Facu para nossa aula de Literatura. Era poucos os momentos em que tínhamos juntos.
- Desde que chegou está quieta e você sempre é tagarela. - Cutucou-me com o lápis.
- Cansada. O professor de História pediu um trabalho ontem para hoje, minha mãe me arrastou para um jantar e eu esqueci completamente. Resultado, entrei a noite terminando ele.
Arregalou os olhos.
- Tinha trabalho para entregar?
- Eu sim, você não. - Soltou um suspiro de alivio.
- Não me mata desse jeito, Tini!
Ri fraco.
- Seu celular está vibrando. - Apontei com a cabeça para seu celular que não parava de aparecer notificações na tela.
- Vanessa está me convidando para uma festa no sábado, todos estão falando dela
- Não cansam de festas?
Ele me olha como se eu fosse louca.
- Não?! - Faz uma careta como quem diz que é óbvio.
- Você não vai.
- Vou.
- Não, nāo vai.
- Vou sim.
- Não vai!
- Você não manda em mim, Tini. - Largou o celular. A professora Katherine passava perguntas no quadro negro.
- Não mando, mas não quero você metido naquelas coisas de novo.
