2 • 𝖨 𝖶𝖺𝗇𝗍 𝖸𝗈𝗎

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Detroit, Michigan

Larguei minha Glock 40 sobre a mesa de madeira maciça

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Larguei minha Glock 40 sobre a mesa de madeira maciça. Fechei os olhos com força, tentando pensar em um novo plano. Daqui a algumas semanas invadiriamos o banco central de Montreal, o maior banco. Já havíamos feito isso diversas vezes, porém todas diferentes das anteriores. Cada vez um valor mais alto.

Quando entrei nesse mundo do crime, era jovem e imaturo, apenas queria ter dinheiro. Não pensei que cresceria tanto, não pensei que depois não conseguiria voltar atrás.

Eu estava preso a isso, e tinha levado meus melhores amigos para o mesmo buraco. Meu pai, Jorge, nunca aprovou isso e chegou a afastar meus irmãos de mim. Até seria melhor, assim não correria perigo. Minha mãe ficou três meses sem falar comigo, até eu sofrer meu primeiro acidente, desde então eu fui o único culpado deles se afastarem.

Começamos muito novo. Ninguém sabia segurar uma arma direito, quem nos colocou no meio disso foi o tio bastardo de Samuel, era para ser apenas um serviço de nada, até que passou dos limites. Naquele dia decidimos sempre fazer de tudo para proteger cada um. Então começou os treinamentos. Sempre fui bom em montar os planos, por isso coordenava grande parte deles. Diego é o encarregado dos acordos entre as facções, Ruggero é o que organiza as drogas e boates e Nick nosso grande hacker.

Endireitei-me na cadeira, observando uma entrada pela rua de trás do banco. Teríamos que entrar por dentro, ir pelo encanamento até chegar dentro do grande cofre, enquanto Ruggero desativa as câmeras por pequenos e contáveis minutos. Teria que ser rápido, precisaríamos de mais homens para ajudar a carregar. Só faltava o motorista.

Enrolei o mapa, guardando na segunda gaveta chaveando em seguida. Minha mãe insistiu que hoje haveria um jantar com uma antiga amiga sua do colegial, e como sou um bom filho, estaria presente. Interpretar o filho perfeito por instantes.

Martina Stoessel, menina dos olhos castanhos que não saia da minha cabeça. Desde que ela pisou naquela festa, não conseguia parar de olhar. Ela era diferente das outras, parecia suplicar para ir embora, a vi carregar seu amigo bêbado e depois procurar algo, foi quando não resisti ir até ela. Minhas mãos coçavam para tocar naquele corpo, nunca tinha ficado tão inerte com uma mulher como ela. Seu jeito de menina inocente, mas aqueles olhos... Ah, me sentia uma marionete quando seus olhos encontraram-se com os meus.

- Jorge, se arrume. - Minha mãe invadiu o escritório. - Está quase na hora delas chegarem.

- Ok - Bufo. - Delas? Achei que fosse só sua amiga.

- Mariana e sua filha. - Assinto não dando importância.

Avisei para os caras que amanhā teria uma reunião de manhã. Subi para o quarto, indo me arrumar. Tomei um banho e me vesti. Desci as escadas, minha mãe estava na cozinha. Joguei-me no sofá, eu poderia estar numa boate nesse exato momento bebendo e fodendo.

𝐀𝐛𝐬𝐭𝐢𝐧𝐞𝐧𝐜𝐞𒆜ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱ Onde histórias criam vida. Descubra agora