Anny ia falar, mas um professor os interrompeu. Tiveram que se separar, voltando para suas salas. Jungwoo não levou o comum sermão porque chegou aos ouvidos do professor o que tinha acontecido. Agradeceu mentalmente, mas assim que encarou seus colegas, queria nunca ter entrado na sala.
— Se fez de vítima para o professor, foi? — Jungwoo respirou fundo e encarou o parceiro de mesa de Chittaphon.
— O que você disse?
— Eu perguntei... — Jungwoo nem o deixou terminar, pegou no colarinho do garoto e o socou com a máxima força que conseguiu. Algumas garotas gritaram e garotos puxaram Jungwoo, que só tinha dado um soco, mas impediram logo algo a mais acontecer.
— Larguem-me seus imbecis! — Se debateu, já que estava sendo agarrado.
— Kim Jungwoo, já para a direção!
— Você vai pagá-las seu inútil! — O garoto cuspiu em Jungwoo, deixando um rasto de baba e sangue no rosto do coreano. — No intervalo te fodo na porrada seu inútil.
— Você mereceu. — Limpou seu rosto e saiu da sala após pegar suas coisas. Lágrimas novamente lhe escorreram. Ele não queria fazer aquilo, mas acabou explodindo. Ele não queria explodir, mas um dia tinha que ser.
Sem escolha, ele se dirigiu até à sala do diretor, mas para piorar, encontrou lá seu primo, Jungkook, na porta. Jungkook não era ruim, mas tava na cara o porquê, ele não era Kim, era Jeon. Jeon sempre eram amados no ponto de vista de Jungwoo. Kims sempre eram mal vistos, ruins, e depois tinha Jungwoo... Que sofria por ser Kim.
— O que faz aqui?
— Vim falar com o diretor.
— Como estão as nossas mães?
— Era sobre isso que queria falar. Eu sei que não pertenço assim tanto a família por ser Jeon, mas vamos lembrar que é a minha mãe, e não foi meu pai que fez aquilo.
— Eu sei. Seu pai não é o homem com quem ela está casada. Infelizmente. Gosto muito do senhor Jeon, mas parece que ele não quer saber de mim.
— Meu pai atualmente está sofrendo de Alzheimer, me perdoe se pensa isso, mas ele não tem culpa. Mal se lembra do próprio filho, para ser o mais sincero. Estou cuidando dele.
— Não sabia, perdão. Mas voltando ao assunto, você disse que queria falar algo referente às nossas mães.
— Elas... Foram para o céu juntas... — Jungwoo sentiu seu coração parar por segundos. Suas pernas não aguentaram e ele caiu de joelhos. A cachoeira de lágrimas virou a paisagem principal na face de Jungwoo. Ele cada vez estava mais destruído.
— Calma... — Jungkook se baixou até chegar na altura que o maior estava, abraçando-o de lado. — Eu estou me sentindo assim também, mas estou tentando não chorar por vergonha.
— Eu não consigo mais... Eu não consigo mais, Jungkook... Eu não consigo mais depender de cartas de amor anónimas e então não me suicidar. Quando elas me colocam feliz, eu caio de novo. Porque é tão complicado ser feliz. Eu não aguento mais. Eu quero morrer logo.
— Cartas de amor anónimas? — Jungwoo acabou percebendo que novamente falou de mais. Se levantou e saiu correndo dali. Se arrependeu completamente, ele não devia ter falado nada daquilo, agora seu primo também sabe.
— Você é tão idiota! Eu te odeio tanto, meu eu! — Falava baixinho enquanto corria até o banheiro, onde se trancou numa cabine e socou a parede, gritando e até batendo a cabeça, mas parando quando viu que uma pequena fileira de sangue estava saindo de sua testa. Não era um machucado grande, apenas uma pequena ferida por conta das batidas que ele deu.
— Eu tenho pena de você que circula num corpo morto por dentro. — Comentou para o próprio sangue, rindo. — Eu me odeio tanto. — Se sentou no vaso e pegou um pouco de papel higiénico, colocando por cima do pequeno ferimento e tirando seu casaco, já que estavam um pouco manchados de sangue que tinha dos seus punhos, pois seus socos não foram suaves. Ele até à parede teria que limpar.
Batidas na cabine foram ouvidas. Jungwoo não ligou, continuando a fazer o que estava fazendo.
— Abre, é o Yuta.
— Quem?
— O namorado da Bu.
— E o que quer?
— Conversar com você.
— Não precisa.
— Eu vi você entrando e ouvi também seus gritos. Não precisa ficar assim. Johnny mereceu.
— E quem disse que estou assim por causa do Johnny. Meta-se na sua vida garoto.
— Não seja assim comigo e nem com você próprio. Eu quero te ajudar.
— Nunca que me irá ajudar.
— Talvez sim. Eu sei quem é a dona das cartas anónimas que recebe. — Assim que Jungwoo ouviu aquilo, abriu a porta, encarando o japonês que segurava mais uma daquelas cartas. — Ela própria me deixou responsabilizado de deixar isto no seu cacifo, mas como ouvi você gritando daquela maneira, decidi te entregar na mão. — Estendeu-a. Jungwoo pegou-a e encarou-a.
— Pode ir. Obrigado.
— Ao seu dispor. Espero que isso te anime... Já que parece que não quer minha presença.
— Não quero mesmo. — E então Yuta saiu, deixando o coreano sozinho mais uma vez.
X
Olha quem está de volta 👀
Vou admitir que eu pensei no Jungkook de última hora, era para colocar o Jang Junwoo, mas lembrei que ele era o Hanseok, então como o personagem não era ruim, coloquei o JK por ter "Jung" no nome.
Ele não é uma personagem muitoooo importante, sinceramente, acho que ele só aparece nesse capítulo, pois lembrar que a fic é de NCT e os membros citados são do grupo, o Jungkook é um personagem meio "sem desenvolvimento" pq o Jungwoo que importa aqui.
Esperam que gostem e saibam distinguir ficção de vida real devido ao que eu falei de >um personagem< 🤨🤚🏻
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Cartas para Kim Jungwoo | kim jungwoo
Fanfiction[CONCLUÍDA] Kim Jungwoo recebe cartas de amor anónimas e tenta descobrir quem as envia, ao ponto de ficar mais tarde na escola, só para saber quem era a pessoa misteriosa que tirava um sorriso do rosto dele quando ele estava em dias ruins. [shortfic...