Sim, eu aceito...

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Boa noite, Trevosinhas! Tudo bem?
Espero que sim!
Bom, trago mais um pedacinho desse neném e espero que gostem.

Dedico esse capítulo a minha pessoa AlvesLola, que sempre me apoiou e segue assim, firme e forte ao meu lado, sendo sempre minha bússola e termômetro.
Sou sortuda por te ter ao lado, meu bem!
Love u ❤️
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POV - Narrador

Não sabia o motivo de seu nervosismo, mas poderia apostar que tinha tudo a ver com o pequeno baú que carregava em uma das mãos. Sem contar, é claro, com o fato de não saber exatamente o que esperar daquela noite. Não demorou muito de sua casa até o prédio que Andrea morava e agora estava no elevador, tentando adivinhar o que a morena havia planejado. As portas metálicas se abriram à sua frente e a editora prontamente caminhou para fora da caixa. Seus passos eram firmes e apesar de toda sua ansiedade para saber o que aconteceria, não caminhava com pressa. Ao alcançar a porta do apartamento de Sachs, notou um pequeno bilhete colado na madeira e o pegou.

"Boa noite, Priestly!

A porta está aberta, então sinta-se à vontade para entrar. Não esqueça de passar a chave na tranca e nem de deixar sua pequena bolsa de mão no aparador. "

Os lábios de Priestly se curvaram num sorriso discreto. Realmente Andrea parecia ter caprichado no roteiro daquela noite. Girou a maçaneta e com um certo receio abriu a porta. A luminosidade era baixa, quase nula, mas as duas velas artificiais não deixavam com que o ambiente ficasse em total penumbra. No chão, como se iniciasse um tapete vermelho, haviam algumas pétalas. Não mais que dez, Miranda tinha certeza. Sentiu seu coração começar a acelerar e isso a deixou um pouco agitada. Resolveu seguir o que o primeiro bilhete lhe disse e se virou para trancar a porta, e em seguida, deixar sua bolsa no aparador. Ali, em cima do móvel e ao lado do espaço estrategicamente separado para sua bolsa, Priestly encontrou outro bilhete, apoiado em um saquinho aveludado.

"De alguma forma eu tinha certeza que você seguiria minhas 'sugestões'. Bom, espero que não se importe em me fazer dois favores; o primeiro é trazer pra mim esse lindo saquinho aveludado, que combina perfeitamente com o seu vestido; o segundo é seguir o caminho das pétalas e ir até a cozinha, buscar só mais uma coisinha."

Priestly revirou os olhos e bufou, achando tudo aquilo um tanto exagerado. Até pensou em não seguir o que aquelas pistas estavam mandando, mas sabia que a morena havia planejado cada pequeno detalhe com carinho e tendo a certeza do que eles poderiam causar em cada uma. E precisava admitir, o que mais a estava tirando do sério era o fato de não estar no controle, não saber o que viria a seguir. Os passos, bilhetes e os detalhes do que parecia ser o maior clichê de todos, não a incomodavam como achou que incomodariam. Seguiu o tapete de pétalas, que a levou até a geladeira. Na porta do eletrodoméstico, encontrou outro bilhete.

"Eu estava em dúvida entre tinto seco, branco suave ou de uva verde, então preferi deixar em suas mãos. Você é perfeita com vinhos."

Sem pensar muito, Miranda abriu a geladeira e pegou o vinho branco. Talvez por instinto ou só pelo fato de estar com saudades de um bom vinho branco batendo contra seu paladar. Como esperado, na garrafa havia mais um bilhete e Priestly rezava para ser o último.

"Ótima escolha, senhora Priestly! Agora, termine de seguir o caminho das rosas e me encontre no que virá a ser o nosso lugar favorito no mundo."

A editora fechou a porta da geladeira e se virou para seguir o restante do caminho. A cada passo que dava, Miranda percebia que a quantidade de pétalas e velas dispostas pelo chão aumentavam e isso lhe preparava para o que poderia encontrar junto à morena. Alcançou a porta do quarto de Andrea, mas percebeu que o caminho não a levava para aquele cômodo, ele seguia para um pouco mais a frente no curto corredor. Só havia estado naquela casa uma vez, propriamente dita, e apesar de ter dormido ali, não prestou tanta atenção aos detalhes e nem nos cômodos que não foi apresentada. Poucos passos depois, Priestly estava parada em frente a porta, tentando controlar sua respiração que se agitou em algum ponto entre a sala e aquele cômodo. Uma fresta lhe deixava ver que o quarto estava mais iluminado que o restante da casa e fazia com que a melodia suave de uma música que a editora não conhecia, chegasse até seus ouvidos.

Leather LadyOnde histórias criam vida. Descubra agora