Ele queria ser surfista.
Ela escritora.
Pessoas tão diferentes conectados na cidade de Cabo Frio.
Lorenzo Mackenzie era apenas mais um garoto comum no terceiro ano do ensino médio. Thalita Ramos, a garota nova da cidade.
Quando Lorenzo conhece Thal...
Thalita, como a minha primeira semana de volta as aulas foi agitada! Fico pensando se a sua primeira semana também foi. Provavelmente foi, né? Ainda mais que foi minha culpa...
Depois de lembrar de você tentei falar contigo a semana inteira... mas toda vez você fugia ou me ignorava. É, acho que realmente não devia ter sido fácil perdoar a minha idiotice.
Na quinta-feira acordo com Nanda me mandando uma mensagem.
Bom dia, dorminhoco!
A mensagem dizia, por sorte não tinha uma foto minha (como quando éramos menores), pois me lembrei de fechar a cortina.
Vai vir amanhã pro cookie day?
Sorri com a mensagem. O "cookie day" foi uma invenção da Nanda e acabou virando uma tradição. Fazíamos sempre em datas especiais e dessa vez era para comemorar as voltas às aulas. Basicamente ficamos fazendo os biscoitos o dia todo e comíamos, juntando com uma maratona de jogos e filmes.
Claro! Eu não perderia por nada!
Devo chamar a Cecília?
Respondi e os três pontinhos apareceram na tela.
Não mesmo! Se você aparecer aqui com ela não te deixo entrar!
Mesmo não sendo certo ri daquilo. Eu sempre adorei o jeitinho dela, o ruim era que Nanda e minha namorada nunca se deram bem. Nem mesmo antes de começarmos a namorar.
Pode deixar! Quer carona?
Não precisa, vou com meu irmão, até mais!
Desliguei o app de mensagens e fui me arrumar, pensando o que aquele dia me traria. Eu mal tinha ideia...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Me sentei novamente ao lado de Cecília no quinto dia e de vez em quando dava uma espiadinha para trás onde você, Thalita, e a Nanda estavam. As vezes me pegava pensando que queria que as coisas fossem diferentes.
Tentei falar com você mais uma vez no intervalo, mas acabou fugindo de mim novamente. Tudo o que eu queria na época era uma chance. E aquela chance veio em formato de fórmulas de matemática.
- Lorenzo - O professor Victor cumprimentou assim que nos aproximamos dele. Dei um sorriso e olhei de lado para você, sua expressão impossível de decifrar. - Espero que as férias foram boas.
- Foram sim. - Disse apenas, querendo andar logo com aquilo.
- Bom, eu sei que suas notas nunca foram as melhores em matemática.
Novidade.
- Eu pensei que talvez esse ano por ser época de vestibular, você poderia ter uma ajudinha. - Ele apontou para você e antes que eu conseguisse raciocinar, você gritou.
