PÉSSIMA IDEIA

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Juliette POV:

Não falei com a Sarah desde o ocorrido, e agora teria a viagem, confesso que estou louca de curiosidade, é loucura, eu sei disso. Bom já estava em cima da hora de levantar, minha mente está um turbilhão, não consigo pensar direito desde do ocorrido, e eu não queria mais fugir da Sarah. Decidi então levantar da cama, querendo ou não, não podia pensar o dia inteiro naquilo. Por mais que eu tivesse tomado banho na noite anterior, meu corpo estava completamente quente.

Eu estava usando uma camiseta, por mais que tivesse que manter a postura de advogada, eu amava ficar um pouco mais largada, tirei a camiseta, e o vento que ali passava, veio de encontro ao meu corpo, me fazendo arrepiar, meus pensamentos estavam me deixando louca, abri a água e logo entrei, arfei ao sentir cada gota percorrer meu corpo, fechei meus olhos e só consegui imaginar Sarah beijando cada extensão da minha pele, eu clamava por ela, percorri meus dedos pelo meu pescoço, fui descendo cada vez mais, ao chegar aos meus seios, os toquei com delicadeza, mordi meu lábio, acabei soltando um gemido, com a minha outra mão deslizei pelo meu abdômen, indo de encontro com a minha intimidade, nunca faço isso, nunca tenho tempo, ainda mais pensando em alguém, conforme meu desejo mandava eu aumentava o ritmo, com meus olhos fechados, senti o sabor do sangue em minha boca de tanto que eu os forçava e mordia, meu corpo estava incendiado por dentro, e ao chegar ao ponto máximo do clímax, meu corpo explodiu em um orgasmo perfeito.

Terminei meu banho e fui logo me arrumar, sem perceber eu me vesti para "matar", coloquei uma sai preta bem justa, um tanto quanto curta, uma camisa branca, que realçava meu colo, e um Scarpin preto, salto 12.

Cheguei a empresa e subi direto para a sala de conferências, hoje teria a reunião com os novos advogados, e a Sarah por ser uma das sócias majoritárias ela que iria apresentar o plano anual, ou seja, hoje não teria como ela fugir de mim.

Todos já estavam em seus devidos lugares, enquanto eu distribuía os memorandos, quando senti um perfume adentrar o local, um perfume do qual eu conhecia muito bem, senti um frio na minha espinha, e quando me virei, percebi o seu olhar sob o meu corpo. Percebi seu rosto corar, quando viu que a tinha pego no flagra, retomou sua postura de chefe cretina e irresistível e tomou o comando da reunião.

Sarah POV:

Eu preciso urgentemente tirar essa menina da minha cabeça, mas como? Cheguei na sala para a reunião e antes mesmo de entrar pude ver através das portas de vidro a Juliette arrumando algumas coisas que faltavam para a apresentação, ela estava de costas e eu não pude deixar de reparar em seu belíssimo corpo, e paro para me perguntar, desde quando que a repulsa se tornou desejo, eu antes me proibia de olhá-la e agora me proíbo de não olhar. Percebi que estava há muito tempo à olhando, e com isso ela acabou me flagrando, senti meu rosto queimar, mas mantive a postura, por mais que eu tentasse manter meu olhar frio e indiferente sobre ela, eu não conseguia.

Conduzi a reunião praticamente no automático, minha mente me traía, não consegui me concentrar, mas finalizei com maestria. Todos saíram da sala, nos deixando a sós, e pela primeira vez fiquei com ela sozinha, sem ajuda da bebida ou de terceiros.

- Vamos viajar. – Ela interrompeu o silêncio que pairava no ar.

- Sim. – Respondi sem olhá-la.

- Está ansiosa?

- Não Freire, só sei que essa viagem é uma péssima ideia. – Pude notar que a sua expressão mudou, parece que ficou decepcionada com o que eu havia acabado de falar.

- Se você diz.

- Não vamos falar sobre o pessoal na empresa. – Nem eu seu o porquê disse isso, somente saiu, acho que o medo dela tocar no assunto do beijo que rolou, falou mais alto.

- Ok, bom, se me der licença, tenho relatórios à analisar. – Saiu sem ao menos olhar para trás.

Juliette POV:

Eu sabia que essa coisa de fantasiar com a Sarah era errada, ela nem ao menos tocou no assunto do ocorrido, fala comigo com uma frieza enorme, e parando para pensar todas as vezes que ocorreram um certo contato, com segundas intenções, ela estava alcoolizada, isso aí é só curiosidade. Tenho que parar de querer ir mais a fundo, sempre crio esperanças e no fim não chega a ser absolutamente nada. Se eu fiquei chateada? Claro que sim.

Minha segunda passou como um furacão, muita coisa para fazer e analisar. Só fui perceber que já era tarde quando meu pai me ligou e eu olhei a hora no visor.

Ligação ON:

- Oi pai.

- Oi filha, te liguei só pra saber se você vai com o seu carro pra Itanhaém, ou se quer ir comigo e com a Alicia?

- Uai, a Sarah não vai?

- Vai filha, mas vai no carro dela, se quiser pode ir com ela também!

- NÃO, que dizer, melhor não pai, vou com o meu mesmo.

- Tudo bem, sairemos na quarta-feira de manhã, lá pelas sete e meia, as meninas vão no encontrar em casa.

- Ok, pai eu vou precisar desligar, vou passar na Carla antes de ir para a casa tá? To avisando, só pro senhor não ficar preocupado.

- Tá bom, filha, aliás hoje eu vou dormir na Alicia.

- Tá bom pai, te amo.

Ligação OFF:

Juntei minhas coisas e fui em direção ao elevador, reparando que só havia eu ali no andar e um dos seguranças, ao entrar no mesmo, dei de cara com quem? Sarah Andrade. Entrei fingindo que não havia ninguém ali, mas uma tensão começou, parecia que nunca chegava ao sub solo, porquê os elevadores tem essa áurea meio sexual?

Quando as portas se abriam eu tratei de sair bem rápido dali, sem olhar para trás, só quando cheguei ao meu carro eu notei que estava segurando o ar esse tempo todo. Sim a Sarah estava certa, essa viagem seria mesmo uma péssima ideia.

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Beijinhos e até a próxima!

A Filha da Minha Madrasta. SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora