Rosalie
Eu entrei em casa, na ponta dos pés, esperando não fazer o menor ruído.
Bem, este era o meu plano, se o meu pai não tivesse uma audição fora do normal.
— O que eu falei para você sobre sair? -questionou meu pai.
Eu encarei aqueles olhos esmeraldas gêmeos aos meus, que estavam duros como pedra.
Eu engoli em seco.
— Foi só um passeio. -me justifiquei.
Ele inspirou fundo e eu já sabia, lá vem bronca.
— Quantas vezes já te falei? Rosalie, não deve sair...
— Sem a minha permissão. -o imitei.
Ele me encarou sério.
— Um passeio pela corte, pela nossa corte é perigoso? -questionei erguendo as sobrancelhas.
— Todo o cuidado é pouco. -ele disse.
— Não acha que é cuidado demais? Não poder sair nem na minha própria casa? -questionei.
Ele rosnou.
— Eu te dei uma ordem, e você desobedeceu. -ele grunhiu.
— As ordens são bobas! Eu só fui ao jardim! -falei indignada.
— Não importa! Inimigos podem invadir a corte, podem levá-la! Podem matá-la, tudo pode acontecer. -ele vociferou.
— Os seus inimigos imaginários? —questionei— as cortes estão em paz, não há nada o que temer, você está fazendo de novo papai! -falei fechando as mãos em punhos ao lado do corpo.
Controlei as garras que queriam surgir.
— Tudo o que digo e faço, é para o seu bem, para proteger você. -ele disse lentamente.
— Não preciso de proteção, eu sei me defender sozinha. -falei.
— O que disse? Rosalie Calisto Morgnstar. -ele me encarou severo, os olhos furiosos.
Eu me encolhi.
— Nada. -murmurei.
— Ótimo. -ele disse.
Ele me encarou.
— Deveria aprender com o seu irmão, Ethan não me desobedece. -ele disse.
— Não sou seu soldadinho de chumbo! —disparei— necessito de ar e meu irmão só obedece porque não quer mais brigas nesta casa.
Ele rugiu, as paredes se encolhendo, eu dei um passo para trás e meu irmão surgiu diante de mim, em minha frente.
— Chega, pai, ela apenas foi ao jardim, eu estava a monitorando da janela. —ele disse— ela está bem.
Poucas as vezes que meu irmão enfrentava o nosso pai, e em todas eram para me defender.
Meu pai bufou um rosnado.
Talvez... Tenha sido essa prisão que matou a nossa mãe aos poucos, eu tenho certeza de que foi.
— Me desculpe. —murmurei— mas eu precisava de ar, estava tonta.
Ele disparou um olhar alarmado para mim.
— O que está sentindo? -meu pai me segurou pelos ombros, me analisando.
— Nada, já passou. -murmurei.
Ele assentiu.
— Suba para o seu quarto, está de castigo. -ele disse mais calmo.
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Corte de Estrelas e Rosas
FantasyCem anos depois da guerra depois de tudo de corte de espinhos e rosas, as cortes tem sua tão esperada paz. e agora, com seus herdeiros sendo treinados para algum dia assumirem o governo de seus pais sob suas cortes. Uma nova geração, uma nova eufori...