Rosalie
Eu o estava esperando, como todos os dias dessas três semanas que se passaram.
Algo cutuca o meu pescoço e eu me encolhi diante da cócega que me deu.
Eu encarei o macho sentar do meu lado, encarando o céu da tarde assim como eu.
— Como você está? -ele questionou.
Eu suspirei dando de ombros.
Ele me encarou de relance.
— O que aconteceu? -perguntou ele.
— Nada. -falei sem encará-lo.
— Sabe que eu sei quando está mentindo, não é? Por mais que eu conheça voc e há poucas semanas. -ele disse.
Eu dei de ombros e encaramos o céu.
— O meu pai... Ele não gosta que eu saía. —falei— eu saio às escondidas, para respirar um pouco.
Ele me encarou.
— Você... Você vive presa em casa? É isso que está querendo me dizer? -ele questionou.
Eu suspirei.
— Não totalmente, mas sim, é um tipo de prisão. —falei baixinho— é sufocante.
— Por quanto...
— Desde os seis anos. —respondi distante— desde sempre, na verdade.
Eu balancei a cabeça.
Nyx puxou a mecha de cabelo que escondia o lado do rosto, fiz menção de cobrir novamente mas ele me interrompeu com um rosnado.
Provavelmente vendo o hematoma que estava alí.
— É o seu pai que faz isso? -um grunhido.
— Não quero falar sobre isso. -falei me encolhendo levemente.
Ele tocou a minha mão, olhando para o hematoma e depois em meus olhos.
— Venha comigo. -ele disse.
Eu me engasguei com o próprio ar.
— Quê?? -praticamente gritei.
— Fuja comigo. —ele disse— eu garanto que pra onde vamos ninguém vai te fazer mal, ninguém encostaráum só dedo em você.
Eu balancei a cabeça.
— Quer que eu lhe prometa? Sabe que é perigoso um acordo em nossa raça, mas se assim você se sente mais tranquila, eu faço. -ele disse.
Eu levei o dedo a sua boca antes que ele falasse.
— Eu não posso. -murmurei.
Ele fechou a boca.
— Por que não? -ele questionou.
— Não vou deixá-los. -falei.
Ele me encarou pronto para protestar.
— Ele é o meu pai, Nyx, me mantendo ou não em um casulo de super-proteção, eu amo ele, e não vou deixá-lo, muito menos o meu irmão. -falei.
Ele suspirou.
— Mas o convite ainda está de pé. -ele disse.
— Agradeço mas... Não posso aceitar. -falei sacudindo a cabeça.
— Ainda está de pé. —ele repetiu— gatinha selvagem.
Eu rosnei baixinho e ele sorriu travesso.
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Corte de Estrelas e Rosas
FantasyCem anos depois da guerra depois de tudo de corte de espinhos e rosas, as cortes tem sua tão esperada paz. e agora, com seus herdeiros sendo treinados para algum dia assumirem o governo de seus pais sob suas cortes. Uma nova geração, uma nova eufori...