09 | Mamãezinha querida

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☔☔

Em uma rua quieta, com carros que passavam a cada vinte minutos, estava Jungkook caminhando de cabeça baixa. Até chegar em uma cafeteria, onde levantou suas orbes e encarou o local, inspirando profundamente e em seguida expirando. Aquilo não o fez sentir-se menos nervoso. Estar ali após cinco meses fez seu coração parecer querer sair da caixa torácica.

A cafeteria com aparência antiga, de cor marrom com uma placa que continha o nome do local talhado em madeira, tinha sua beleza. Ficou admirando o lugar já conhecido por si durante alguns segundos.

ㅡ Jungkookie! ㅡ Uma voz escandalosa soou chamando por ele, juntamente com uma cabeleira ruiva e cacheada. Uma mulher menor que si apareceu. Sua pele parda e vestida em um uniforme de vestido branco curto e tênis também brancos, com uma cara de descrença no rosto cheio de sardas o observava eufórica, e apesar de ter se surpreendido, ele não levou um susto. ㅡ Mi amor.

ㅡ Naline. ㅡ Jungkook cumprimentou com um sorriso curto.

No entanto, Naline não se contentou com a saudação e logo tratou de abraçá-lo fortemente distribuindo beijos por todo seu rosto. E, apesar de incomodado com os toques, ele aceitou sem reclamar pois entendia o alvoroço da mulher.

ㅡ Tá bom, Naline. ㅡ Ele pôs as mãos nos ombros dela, afastando-a com gentileza.

ㅡ Meu Deus, Jungkookie. ㅡ Choramingou, olhando tristemente para o professor. ㅡ Você não faz ideia do quanto senti sua falta! Você não ligou, eu fiquei tão preocupada.

ㅡ Desculpa, Naline. Eu esqueci. ㅡ Explicou e ela assentiu, o guiando para uma mesa.

Ambos seguiram até a mesa branca detalhada com rosas também brancas perto da parede. O professor sentou-se na poltrona cinza macia com uma pequena almofada rosa, deixando vazia a poltrona do outro lado da mesa.

ㅡ Não tem problema, Jeon! Você nunca me ligou mesmo. ㅡ Sorriu meiga e o homem riu baixo. ㅡ Onde está Yugyeom? Ele está a caminho?

Com a pergunta, o moreno murchou. Apesar de confusa, Naline não entendeu a expressão dele.

ㅡ O que aconteceu, Jun? ㅡ Sentou-se na poltrona vazia e encarou o professor. ㅡ Oh... ㅡ Pareceu finalmente se dar conta depois de ver a expressão fechada do seu amigo. ㅡ Meus pêsames, mi amor. Ele está com os anjos agora.

Jungkook encarou ela sem saber o que falar. ㅡ Ele não morreu, Naline.

ㅡ Como?

ㅡ Todos pensam isso, oh. ㅡ Ele riu da confusão que acontecia quase sempre que era questionado sobre a presença do seu ex-namodado.

ㅡ Ah, mas é que com essa sua cara eu pensei o pior. ㅡ Disse, levantando-se do assento e sorrindo também. ㅡ O que aconteceu, na real?

ㅡ Nós terminamos. ㅡ Soltou com um riso amargo.

ㅡ Impossível! ㅡ Ofegou, o que chamou atenção dos poucos clientes, fazendo-a diminuir o tom de voz. ㅡ Você não ia pedir esse menino em casamento? O que caralho da bobonica aconteceu?

ㅡ Eu não sei, Naline. É uma história bem confusa para falar a verdade. Ainda não consigo entender. ㅡ Falou frustrado.

ㅡ Será que foi o pai dele? Aquele velho cheira o cú de Satanás. Ele não é homem que preste.

ㅡ Naline! ㅡ Teve vontade de rir ao ouvir o comentário dela, mas se conteve. ㅡ Não acho que o pai dele interferiria nisso. Yugyeom sempre fez o que quis.

ㅡ Não sei, Jungkook. Aquele cara sempre pareceu ser do contra. ㅡ Contou como se fosse óbvio e pôs o professor a pensar.

Naline! ㅡ Uma voz brava gritou na cozinha da cafeteria.

Seduction Night • JJK + PJM HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora