Seduction Night • JJK + PJM HIATUS

20 | A história não contada

Por favor, deixem seu voto e comentários ao decorrer do capítulo. Se não o Jungkook vai guardar rancor de vocês também e ele não perdoa fácil! 😌

☔

Dizem que existe uma espécie de classificação de coisas que são difíceis de superar. Claro, cada um lida de um jeito diferente e a escolha de deixar para trás algo complicado é quase sempre rejeitada.

Se Jungkook fizesse um "Top 5 coisas que eu não perdôo/supero fácil" ㅡ isso no sentido mais hipotético do mundo, considerando que ele não o faria ㅡ, com certeza a primeira da lista seria a mentira.

Não que ele saísse gritando aos quatro ventos que isso o deixasse com um remorso terrível, mas pelo senso comum acreditava que ninguém próximo a si seria capaz de mentir tão descaradamente. Pelo visto estava mais que errado.

A mentira é inevitável, todo ser humano mente mesmo sem ser ensinado. Mentem para o bem e para o mal, mentem sem escrúpulos para conseguir alcançar um objetivo, por vezes, de maneira egoísta. A mentira que causa dor e conforto, morte e vida, amor e ódio. Era por isso que Jungkook a odiava tanto, pela compreensão do imenso poder que enganação tinha e dava a quem sabia usá-la.

Mas se dissesse que nunca uma só mentira saiu de sua boca, então ele estaria mentindo. Porque Jungkook já havia mentido antes e ele era um bom mentiroso. As palavras saíam de sua boca para os ouvidos alheios tão seguras de si que pareciam a mais pura das verdades. E por isso ele a odiava tanto.

Porque, apesar de ser uma coisa tão vil e repulsiva, ninguém podia fugir de uma boa e velha mentira.

Nem mesmo ele, ao repetir a si mesmo que estava tudo bem beber duas garrafas de whisky de uma vez sem ter comido direito e estando deprimido do jeito que estava. Uma boa mentira que veio com uma péssima consequência.

Na manhã seguinte à bebedeira, tudo que obteve foram náuseas, dor de cabeça e uma mudança de ambiente, já que passou a manhã inteira sentado ao lado do vaso sanitário despejando o que comeu e até o que não comeu no dia anterior. Seu estômago não ofereceu trégua e ele estava prestes a fazer um voto com qualquer deus para que tudo aquilo parasse. Não iria mais beber uma gota de álcool e viraria padre, monge, pastor ou o que fosse.

Até lembrar que, primeiro, a igreja não aceita bem pessoas homossexuais, muito menos a ideia de um padre sendo um, e segundo, ele não poderia viver sem álcool.

A ideia de votos e promessas foi para o ralo juntamente com o vômito grotesco que parecia mais com tripas saídas do corpo no processo. Não tinha mais o que vomitar e mesmo assim sua boca continuava jorrando a cada quinze minutos. Revirou os olhos tantas vezes que se arrependeu quando a tontura o fazia sucumbir às voltas que sua cabeça dava.

Amaldiçoou-se mentalmente porque a tontura além de ser consequência da bebedeira desenfreada, também tinha peso porque ele tinha acabado de acordar são. Tudo aquilo até o fez substituir seus pensamentos pesarosos por sentimentos de insensatez.

Porém, ao sentir uma mão suave deslizar por suas costas de maneira carinhosa, Jungkook sentiu as informações momentaneamente esquecidas voltarem de uma vez como um tapa forte em seu rosto.

ㅡ Por que bebeu tanto, seu quezilento? ㅡ Não sabia exatamente quando ela havia chegado ali, somente sentiu seu cheiro doce e sua voz preocupada abordá-lo pela primeira vez naquele dia. ㅡ Jesus, Jungkook! Você estava tomando ansiolíticos, não podia beber!

A resposta que foi capaz de dar foi outra rodada do líquido claro direto na privada. Jinhye continuou a afagar suas costas, mas não evitou virar parcialmente o rosto, não tão afim de ver aquilo.