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Dor

- Bucky para, por favor. - Uma lágrima escorria no rosto de Wilson. - Eu não quero lutar com você.

O homem na sua frente não queria o mesmo, e o pior era que os outros vingadores estavam longe e Sam se recusava usar o comunicador.

Barnes sempre foi forte, mas o soro e a falta de emoções humana lhe deixava indestrutível e o outro estava frágil emocionalmente, aquela luta nunca seria justa.

James começou bater no outro que ao menos conseguia revidar, o rosto de Sam estava muito machucado e a confusão no parque era grande chamando a atenção dos outros heróis e os fizeram procurar a briga, mas estava longe e o perímetro por causa dos movimentos das era difícil de aproximar para ajudar e achar Sam.

- Bucky! - Wilson falava bem fraquinho. - Eu te amo. - Sam nunca tinha se declarado e sabia que não era o momento ideal, mas se fosse morrer o seu amado pelo menos teria escutado a verdade.

Essa declaração bagunçou a mente do soldado, que rapidamente parou de bater no outro e começou encarar o rosto que naquele momento lhe parecia familiar, então o mais alto saiu de cima de Sam e apenas foi embora.

- Sam! - Natasha foi a primeira a achar Sam quase morto no chão.

Depois os outros foram chegando até onde estava o moreno jogado com vários machucados.

- Você está bem? - Bruce começou fazer uma análise.

- Estou sim. - Wilson falava fraco.

- Por que você não chamou o restante antes de abordar ele? - Wanda perguntava.

- Porque você iam matar ele.

- Então você resolveu deixar ele te matar? - Clint reclamava.

- Ele me reconheceu e por isso não me matou. - O Falcão deu um pequeno sorriso, já que seu rosto doía.

- Quem não te reconhece somos nós. - Loki zoava.

- Depois conversamos com ele, o Sam precisa ir para o laboratório. - Romanoff chamava atenção.

- Thor! - Bruce chamou a atenção do outro. - Carrega ele, você é o vingador mais forte.

- Você me acha forte? - Thor nunca revelou mas o baixinho nerd mexia com ele.

- Acho sim. - Bruce corou.

- Já deu casal, vamos logo. - Clint comentou.

- Não somos um casal. - Thor respondeu enquanto pegava o Sam no colo.

- Também dois lerdos. - Loki cochichou, pois ele conhecia bem o irmão e sabia que o outro estava apaixonado.

Ninguém comentou mais nada, apenas foram embora para a mansão Stark, que ultimamente estava mais para sede vingadores, pois todos tinham um quarto lá e o único intruso era Peter que tinha dez anos.

Quando chegaram pensaram que pelo menos Anthony estaria dormindo e não levariam bronca por sair sem ele, e por momento até parecia ter dado certo, a sala estava vazia e a casa em silêncio, mas quando entraram no laboratório Tony estava sentado no colo de Stephen e muito emburrado, sabiam que o sermão era certo.

- Onde as crianças estavam? - Tony gritava.

- O J.A.R.V.I.S encontro o Bucky. - Wanda respondeu.

- Vocês viram ele? - Stark por um momento perdeu a marra.

- Nós não, mas o Sam sim. - Thor disse entrando colocando o homem na maca.

- Peguem meus materiais. - Strange pediu ao ver o homem, ele tirou o gênio do colo e foi atender o ferido já que era médico.

- Vocês me saem escondidos e ainda quase voltam com um morto. - O bilionário, como Sam não quis assumir a liderança do grupo, acabou executando o papel do falecido marido.

- Você estava dormindo Stark. - Barton dizia bravo

- Nem vem, vocês praticamente me obrigaram. - Anthony estava bravo. - Mas me falem o que descobriram.

- O Sam lutou sozinho e não quis chamar ninguém no comunicador. - Loki entregou o outro.

- Vocês são terríveis, até meu filho de dez anos tem mais consciência que vocês. - Tony realmente se preocupava com todos ali.

- Mas temos uma novidade, o Sam disse que ele o reconheceu e parou de bater. - Romanoff passava o que sabia, já que Sam desmaiou a caminho.

- Ótimo! A Dory tem sentimentos. - Tony dizia sarcástico. - Vocês são muito irresponsáveis, saem sem avisar, lutam sozinho e ainda por cima a única informação é ele quase matou um, mas reconheceu e parou.

- Você está pegando pesado, não podíamos simplesmente te acordar. - Bruce tentava fazer o amigo raciocinar. - Tony era urgente e não queríamos te preocupar, achamos que conseguiríamos, mas vamos planejar e ir todos da próxima vez.

- Estão perdoados, mas vamos planejar direito da próxima vez, se agirmos sem pensar de novo podemos morrer. - Stark falou.

- Não vamos agir por impulso mais. - Natasha falou e os outros concordaram com a cabeça que sim.

- Eu confio em vocês, mas eu me preocupo muito, então me perdoem se eu peguei pesado. - Anthony estava mais calmo. - Sinto que em breve o veremos de novo.

Mas do outro lado da cidade a história era outra, Barnes ficou sem rumo por um tempo, quando chegou na sede dos apátricos a garota ruiva estava preocupada.

- Soldado invernal eu já mandei não demorar nas missões. Matou todos eles?

- Quem é Bucky? - O homem ignorou a conversa da mulher, pois o reencontro com o Sam mexeu com ele.

- Coloquem ele na cadeira. - A mulher se desesperou.

Após um tempo perceberam que o choque do chip não era eficaz, então arrancaram o mesmo depois que construíram uma cadeira elétrica, todas vez que Barnes recuperava um pouco da memória ela era reiniciada como uma tabula rasa.

- O homem lá no parque, quem era ele?- O soldado voltou com dúvidas.

- Você o encontrou em outra missão essa semana. - A mulher disfarçava

- Eu conhecia ele. - James reconhecia aquele rosto.

- O que você está fazendo vai mudar o mundo, mas preciso que faça sua parte e o grupo vingadores são nossos maiores inimigos, principalmente o homem que viu. - A ruiva respondeu.

- Mas eu conhecia ele. - O homem insistia.

- Comecem o processo para reiniciar ele agora e apagar a memória. - Essa foi a ordem que a mulher deu aos seus soldados.

Na cadeira que o homem estava fizeram todo o preparo e iniciaram a sessão de choques e assim Bucky desmaiou com a dor que sentia e assim esqueceu mais uma vez o rosto que mais amava ver.