Capítulo 42 Vazio

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Minha garganta doía, e meu estômago revirava. A vontade avassaladora de gritar, e a nescessidade de permanecer em silêncio eram sufocantes. Logo após me arrumar para ir no salão comunal, e meus olhos terem ido direto ao velho sentado e sorrindo e agindo como se não tivesse feito nada, minha mente e corpo pareciam ter adoecido.

Eu passei tanto tempo, o amaldiçoando por te me deixado naquele lugar, e amaldiçoando Voldmort por ter matado meus pais. Porém agora que sei a verdade, entendo como ela era óbvia. Acho que uma parte de mim não queria enxerga-la, precisava dividir as emoções que estavam em mim para não me autodestruir. Mais agora isso não é mais possível.

Harry acabou de entrar no salão. Ele parecia tranquilo, confortável. E eu me senti um lixo por isso.

Eu não podia ser capaz de fazer nada naquele momento, e isso prejudicaria meu irmão. Eu estou vendo a assasino dos nossos pais bem na nossa frente. E não estou fazendo nada...

Eu queria gritar para que ele explodisse e pagasse pelos seus crimes, mais não estou. Por que eu sei, que apesar de tudo, ainda não posso me assegurar de que eu venceria.

- Agnês. Donnavam me cutuca ao meu lado. - Você está bem?

- Bem melhor que você. Brinco um pouco arrogante, para que ele não desconfiasse. É melhor eu não deixar transparecer muito. Se os outros alunos notarem pode ser um problema.

De longe vi os gêmeos me encarando. E senti o olhar de Kory, me perfurando. Tão astutos...

Logo o cafe da manhã acabou e seguimos para nossas aulas. Minha cabeça, estava como um míssel prestes a atingir seu destino e explodir, detonando tudo a sua volta. Mais eu agi o mais natural possível, respondendo perguntas quando nescessário, provocando um ou outro. Por que eu sabia que qualquer fio fora do lugar, era arriscado demais.

Logo que tudo acabou tentei ir logo para meu dormitório. Eu precisava dormir, qualquer coisa para fazer minha cabeça parar...

Abri a porta e dei de cara com meus perseguidores amigáveis.

- Olá. Comprimentei arqueando a sobrancelha. - Algum motivo para invasão?

- Precisamos conversar. Donnavam falou sério.

Ele estava sentado na minha cama, enquanto Fred estava no chão, e George na minha cadeira. Os três estavam sérios, e compartilhavam um semblante sombrio.

- Sobre? Perguntei curiosa sentando com minhas costas na parede, de modo que eu ficava direto para eles.

- Nos não perguntamos, nada depois que te mostramos sobre Alastor Moody. Fred começou.

- Esperamos você nos contar. George se pronunciou

- Eu também aceitei a pouco informação que você deu, mais tem algo errado Agnês, e sabemos disso. Disse Donna

Senti minha cabeça latejar com o dobro de força.

- Você as vezes fica meio distante, como se estivesse, encurralada... George falava enquanto mechia em uma pena, que encontrou

- E teve hoje, quando você olhou para o Diretor.

Eles notaram? Então quem mais percebeu?

- Não se preocupe, apenas nós observamos isso. Fred tranquilizou quase lendo meus pensamentos

- Mais não muda o fato de como você queria mata-lo. Donnavam interrompeu a tranquilizacão, falando ríspido e direto. - Você queria avançar nele ali mesmo, então me diz por que depois de tudo, apenas hoje o gatilho para mata-lo foi apertado com tanta força?

As palavras dele deixaram meu subconsciente em branco, e meu rosto se fechou como se tivessem atirado no meu peito. Eu não sabia oque falar, não por que estava sem respostas, mais sim porque aquele tiro tinha quebrado o controle remoto. E eu não estava mais funcionando.

Talvez minutos tenham se passado, ou até mesmo alguns segundos, não percebi, mais quando falei de novo foi quase como um suspiro.

- Chamem Kory, não quero ter que explicar duas vezes. Susurrei ainda olhando para o chão.

Senti uma sombra passando por mim e ouvi o barulho da porta sendo aberta e fechando.

Eu sabia que tinha duas pessoas naquele quarto, mais ainda não sentia isso. O sentimento de que um machucado estava aberto ficou lá, estava sangrando e não iria parar. Como se o míssel tivesse caído no mar vazio.

A porta foi aberta de novo, e eles entraram em silêncio. Ainda não levantei minha cabeça para ver quem era, mais eu sabia que Kory estava lá.

- Quando vocês me mostraram que não era Alastor Moody que aparecia no mapa, mais sim Bartolomeu Crouch Jr, eu o persegui e o investiguei. Explicava sem conseguir tirar os olhos do chão. - Depois de ter ameaçado ele no seu quarto e ter poupado sua vida, ele me explicou por que estava ali... Ou melhor por quem.

- Quem? Alguém falou confuso.

- Tom Riddle o mandou em uma missão. Logo após falar isso, os gêmeos fizeram um barulho surpresos enquanto Donnavam e Kory estavam sem entender.

- Voldmort. Fred falou com sua voz demostrando surpresa. Todos respiraram pesado, e pareciam sem saber como reagir.

- Em uma briga com Crouch, fui mandada até sua mansão contra minha vontade, e lá vi Riddle pela primeira vez, ele estava doente e parecia fraco, seria fácil mata-lo. Não escondi o fato de eu não ter feito isso deles, eu queria que pudessem escolher sua decisão sem ocultar nada. - Riddle foi... Educado, e estava na sua forma humana e jovem.

- Não como uma cobra?

- Não. Respondi e continuei. - Eu estava pronta para ataca-lo quando ele me falou algo...

- O que? Dessa vez ouvi a voz de Kory perguntar.

- "E se eu não fosse o vilão? E se o líder da luz estivesse cavando um túmulo para todos, e se eu não tivesse matado seus pais". Prununciei, as palavras daquele dia, e as perguntas que se infiltraram na minha mente. - Dumbledore não é uma boa pessoa, ele nunca foi, então eram coisas que se fossem verdades tudo estaria mudado, oque acreditamos e fazemos, tudo...

O ar estava tenso, ninguém queria falar algo.

- Ele disse que Igor Karkaroff, era um ex comensal e escrever o nome de Harry no cálice, afim de voltar a graças do seu senhor, mais isso não vai acontecer.

- E Harry?

- Não é algo que está nos planos. Expliquei. - Logo depois disso, nos encontrávamos, eu recebia uma informação ou outra, e Riddle o mesmo, mais ontem ultrapassamos os limites um do outro...

- Oque quer dizer?

- Falamos segredos, e por fim, ele me contou a verdade. Fale em voz alta Agnês... - O velho matou meus pais. Finalizei de uma vez.

Estava silêncio...

- Agnês... Uma voz masculina se aproximou de mim.

- Eu sinto muito. Outra também me abraçou, eram os gêmeos.

- Porra, me desculpa por não ter notado antes. Donnavam também se aproximou.

- Desculpe. Kory também se juntou a nós.

Estavam todos me envolvendo em um abraço, e antes mesmo que eu reagisse senti lágrimas descendo pelos meus olhos. Droga!

Eu não quero que, me vejam assim! Tentei enchugar as lágrimas, quando alguém segurou minha mão.

- Não precisa. Donna falou.

E eu não fiz... Porque, levantando meus olhos do chão, e olhando para cada um deles, percebi como não estava sozinha.

- Não contém para Draco, Luna, ou Harry. Falei encostando minha cabeça em algo.

- Tudo bem. Susurram

Good From EvilOnde histórias criam vida. Descubra agora