14|Adoradoras

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Os dias haviam se passado e as coisas continuavam quase como estavam no passado. Ocorrendo apenas algumas pequenas mudanças que aconteceram depois do dia em que Sebastian voltou ao bar e saiu do local com um ferimento novo.
No dia seguinte quando acordou Magnólia desceu para tomar o café da mesma forma que fazia todos os outros dias. Ela encontrou com seu filho e sua sogra sentados à mesa, lhes desejou um Bom Dia! Se sentou, brincou com o seu filho e conversou distraidamente com a mulher sentada do seu lado esquerdo. Estranhamente aquele era um dos poucos dias em que a mulher acordava e em seus primeiros pensamentos não existiam um par de olhos azuis elétricos, porém isso não durou muito tempo.

Quando sua sogra lhe questionou se havia visto seu filho. Magnólia engoliu o pedaço de manga que comida como se engolisse uma bola de tênis. Não, ela não queria dizer a mulher mais velha que tinha o visto, que cuidou dos seus ferimentos, que esteve no apartamento dele, que havia lhe beijado, e o principal... Ele havia ido embora por sua causa.

O caminho de volta até a grande mansão foi feito em complemento silêncio de ambas as partes. Sebastian não estava bravo ou chateado, pois internamente ele sabia que havia deixado claro para ela o que queria, e esperava que ela o entende-se, que ela sentisse o mesmo, e ansiava para que logo ela decidisse de que eles podiam ficar juntos. Já Magnólia se perguntava o porque estarem jutos para que todos saibam era tão importante para ele, quando ela não via problemas em se manterem escondidos, afinal, o que é proibido sempre é mais gostoso. A mulher mordeu os seus lábios e abraços suas pernas com mais força em um ato de repreensão com o seu pensamento. Na verdade, eles não poderiam ficar juntos, isso implicaria fofocas, e ela tinha que pensar no seu filho e em como ele seria afetado por isso, e ao longo dos anos? Como explicar para uma criança que aquele não era o pai dele mais sim, o tio? Obviamente eles teriam que gastar muito com terapia. Sem contar que Sebastian não tinha conhecimento de quem aquela mulher era, e ela acreditava fortemente que existia uma grande chance de ser julgada e taxada de infantil por ele, devido às escolhas que fez no passado.

Eles mal se conheciam.

Quando o carro passou pelos grandes portões de ferro Sebastian seguiu pela estrada de pedra e parou seu carro na garagem, desligou o veículo suspirou e ficou ali parado por alguns segundos. Magnólia fez o mesmo, mas após perceber que não iria conseguir dizer nada a ele, ela pegou os seus tênis que estavam no assoalho do carro, a sua bolsa que estava no banco de trás olhou para ele que continuava de cabeça baixa olhando para algum ponto entre o volante e suas mãos e lhe sussurrou Boa Noite!

A mulher não esperou uma resposta, por isso desceu do carro e caminhou lentamente até a pequena porta de vidro que dava acesso à cozinha da casa, mentalmente ela desejava que ele sai-se do carro e lhe agarrar-se ali contra aquela parede igual o Harry havia feito com a Rebecca no livro As cores que vejo em você. Mas isso não aconteceu, eles não protagonizaram uma cena de um livro, e ela se sentiu sozinha quando ele não veio atrás dela.

Ainda com seus passos de tartaruga, mas já dentro da cozinha. Magnólia caminhou até a geladeira pegou uma garrafa de água, pois sua boca sempre ficava seca quando estava na presença dele, e no momento em que estava a procura de um copo escutou o barulho de um motor, era o carro de Sebastian, pois seus ouvidos já estavam se habituando com o som do motor do veículo.

Ela ouviu o som se distanciando, e quando chegou a porta para constatar o que estava acontecendo viu que ele já não estava mais ali. Sim, Sebastian havia ido embora por causa dela. Aquela era a primeira vez que ele dormiria fora de casa desde o dia em que chegou, nem mesmo o ódio que o homem sentia foi capaz de fazê-lo sair de casa, mas a rejeição parecia ser um sentimento pior que o ódio.

Quem É Ela | Livro 1 | Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora