Mighto Mighto!

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Chamada perdida às 9h00min de: Desconhecido

Chamada perdida às 9h04min de: Desconhecido

Chamada perdida às 10h30min de: Desconhecido

De: Desconhecido

Olá... Espero que este seja o número certo... Eu só queria agradecer por ter falado com o All Might por mim... Ele veio aqui esta manhã e me contou o que está acontecendo com o meu Izuku... Claro que não fiquei feliz com as mentiras e os segredos, mas pelo menos estou contente por não estar mais ignorante... Você gostaria de vir aqui mais tarde? Posso cozinhar algo gostoso como agradecimento por ter intervindo.

De: Desconhecido

Aqui é a mãe do Izuku, Inko Midoriya... Caso você não tenha o meu número.

De: Desconhecido

Eu tentei te ligar, mas acho que era cedo demais... Me avise se for poder passar aqui mais tarde.

Katsuki franziu o cenho e esfregou os olhos com sono, irritado. Primeiramente, irritado porque ele havia dormido mais do que havia planejado – eram 11h da manhã, porra, e geralmente ele acordava às 5h –; em segundo lugar, por que diabos as mães sentiam a necessidade de escrever mensagens de forma tão assustadora? A mulher não podia usar pontuação normal?

Ele pôs o telefone de lado e se virou na cama, se alongando – emitindo um pequeno grunhido – e encarando o teto. Ele ainda estava se sentindo cansado e com sono, e, apoiando o peso em um dos cotovelos, ele olhou sobre a pilha de travesseiros que separava o seu lado da cama do de Deku. Katsuki viu que o menino ainda estava profundamente adormecido, deitado em posição fetal e de costas para ele. Seu cabelo bagunçado estava apontando para várias direções, escondendo sua cara idiota e cheia de sardas da visão de Katsuki.

Deku não havia dito uma palavra sequer a Katsuki depois que eles reentraram no quarto na noite anterior, mesmo depois das maldições e palavrões raivosos por causa da maçaneta quase derretida. Ele teria que pedir uma nova de novo, e ele certamente não estava no clima para aquele tipo de burocracia. Deku simplesmente ouviu seus gritos de ira, sem olhar nos olhos de Katsuki e com aquele olhar de cachorro-chutado no rosto.

Então Katsuki avisou que ele ia estudar mais um pouco sozinho, agora que Deku já tinha tirado suas dúvidas, e Deku simplesmente assentiu com a cabeça, ainda evitando seus olhos, ainda se recusando a falar alguma coisa. Ele foi até seu lado da cama e se deitou, com as costas viradas para Katsuki e com o cabelo escondendo seu rosto, exatamente do jeito que ainda estava deitado agora. E ele adormeceu em uma questão de segundos, sem dizer uma palavra.

Ou... Mais ou menos. Katsuki, que ficou esse tempo todo enviando olhares curtos e sutis na direção de Deku, não pôde dizer com certeza se o garoto estava dormindo mesmo ou se ele estava só fingindo.

(Encarando agora as costas do Deku de merda, ele ainda não sabia dizer, mas a ideia de que Deku poderia estar hipoteticamente o enganando fez com que Katsuki desejasse socar a cara dele até fazer um buraco.)

Merda. Ele mal havia acordado e já estava sentindo tanta raiva que somente encarar as costas de Deku fazia com que ele quisesse socá-lo.

E empurrá-lo.

E também...

Ele suspirou. Se sentou na cama com um movimento rápido (o que provavelmente não fez bem para a sua coluna) que sacudiu a cama. Katsuki pegou seu telefone de novo e reabriu a conversa por mensagem com a mãe de Deku.

De: Katsuki Bakugou

Vou ter que ver com o Aizawa sensei se nós podemos ir, te aviso depois

The Way You Used To Do (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora