Capítulo 4 - Quer dizer que estamos a sós?

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Bella narrando:

Cheguei do trabalho e a nostalgia tomou conta de mim mais uma vez, essa casa é tão grande, como ficarei sozinha aqui? Quero tanto os meus pais, será que eles estão sentindo minha falta? Vou ligar para eles.

Liguei uma, duas, três e nada. Será que aconteceu algo? Acho que não, eles só estão cumprindo o que disseram, estão curtindo e soltando minhas asas. Preciso seguir com minha vida, vou tomar um banho e comer algo.

- Senhorita - a dona Lourdes, nossa governanta me chama.

- Sim Lourdes?

- A senhorita irá jantar agora?

- Não, eu vou tomar um banho antes.

- Ok senhorita - disse ela se retirando da sala.

Subi olhando cada parte da casa que lembra meus pais, as coisas mudaram tanto em um dia, minha vida vai tomar novos rumos estou sentindo isso dentro de mim. Entrei no meu quarto, separei uma roupa confortável, ao passar pelo espelho me olhei, hoje começa uma nova vida, hoje a Isabella está se transformando. Fui para o banheiro, tomei um banho e desci.

Lourdes já havia deixado meu jantar servido, aquela mesa sempre tinha sorrisos, brincadeiras nesse horário, meus pais adoravam conversar durante as refeições, agora sou só eu sentada aqui jantando, não tenho meus pais perto, meus amigos estão se comendo nesse momento, e de repente veio a lembrança daquele Henrique, aqueles olhos que pareciam que estavam tirando a minha roupa, senti um arrepio percorrer meu corpo. E quando ele me tocou então? Que fogo foi aquele que senti na minha bonequinha? Que dia foi esse?

Eu não acredito que ficarei frente a frente com ele amanhã, só nos dois. Meu corpo começou a novamente a ficar quente, minha bonequinha está queimando só de pensar. Meu Deus! Eu nunca fiquei assim que efeito esse homem está me causando? Ou será que estou assim porque todos ao meu redor andam pervertidos?

Terminei meu jantar e decidi ir para o quarto o dia foi longo, atribulado e eu precisava descansar. Deitei e quando adormeci já era muito tarde porque a cabeça estava a mil.

Dia seguinte:

A noite foi intensa, sonhos bons e ruins rondaram minha mente, acordei e sabia que seria mais um dia daqueles. Tomei um belo de um banho demorado, passei meus cremes e perfumes, me arrumei com elegância como de costume e isso me fez lembrar minha mãe que sempre me ensinou a melhor forma de me vestir, mas dessa vez era diferente, eu me sentia diferente, estava com borboletas no estômago, Henrique voltou pra minha mente e até me ajudou a montar minha roupa. Coloquei uma saia justa com fenda discreta e muito profissional, ela mostrava e também escondia, uma blusa de seda com um pouco de decote e transparência, um terninho na mesma cor da saia preta, uma sandália alta, joias discretas e maquiagem básica, as curvas já chamavam atenção o suficiente, eu não precisava exigir muito.

Cheguei à empresa com todos os olhares sobre mim, fiquei muito envergonhada, mas mantive a pose. Fui direto para minha sala, e já estava sendo seguida por Lana e Maicon, entraram e fecharam a porte. Eles me olharam e estavam embasbacados com a minha elegância e ao mesmo tempo ousadia.

- Hoje é sexta feira, dia da maldade. Onde vamos assim? – provocou Lana e quando eu ia responder, Maicon já começou com as gracinhas.

- Na verdade, ela não vai a lugar nenhum. Vai ser aqui na empresa mesmo – gargalhou e como já esperava o dia vai ser de muita timidez, já estou vermelha.

- Eu... - sou interrompida

- Nossa, safadinha! Amiga, fecha a porta tá para não ser interrompida. - Lana fala com uma carinha maliciosa.

Timidez CorrompidaOnde histórias criam vida. Descubra agora