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NARRADORA, point of viewSeattle ─── Washington

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NARRADORA, point of view
Seattle ─── Washington

── Você tinha razão, essa ideia foi um sucesso! Obrigada por ter insistido. ── Sophia sorriu, enquanto imprimiam mais cem cópias.

A escola toda estava comentando sobre a entrevista e sobre o quão corajosa S/n havia sido. Até mesmo as críticas, estavam fazendo com que a popularidade da matéria aumentasse cada vez mais.

── Isso é baboseira Saturn, um assassino jamais vai deixar de ser um! ── uma garota ruiva invadiu a sala, enquanto estava com um exemplar em mãos ── “O que eu fiz com a Lindcey e as outras garotas foi na hora da raiva, todos esses anos fizeram com que eu me arrependesse amargamente.” Sério? Quem em sã consciência acreditaria nisso?

── Se não te agrada, é só não ler. ── Sophia saiu em defesa da melhor amiga, mas a garota ainda não parecia convencida.

── Você está tentando fazer com que a gente se esqueça de quem ele realmente é. Um assassino filho da puta!

── Eu apenas escrevi o que ele disse, nada mais.

── Então me diga que você não concorda, me diga que você o acha um mentiroso!

── Eu acredito que as pessoas mudam.

── Não acredito no que eu estou ouvindo! ── a garota parecia revoltada, até mesmo Sophia estava chocada com as palavras da amiga.

── Eu estive com ele durante muito tempo, sei quando ele mente e quando fala a verdade. Sei que o que ele fez foi uma merda mas todo mundo merece recomeçar.

── Você é tão louca quanto ele. Quando voltar ao hospício, se interne também!

A garota ruiva jogou o jornal no rosto de S/n e então saiu batendo o pé. Sophia rapidamente pegou o papel do chão e então continuou encarando a amiga com os braços cruzados.

── Acredito que duas visitas não seja muito tempo, a não ser que você tenha voltado lá mais vezes.

── Você deveria conhecê-lo, você iria ver que ele também pode ser bom.

── Não acredito que você está mesmo dizendo isso! Eu sabia que não deveria ter permitido, ele enganou você e agora você está atraída por ele.

── Para de falar merda, Sophia. Temos a porra da popularidade que queríamos e isso é tudo graças à ele, preciso achar um jeito de compensar.

── Está dizendo como se devesse um favor mas você sabe que não, você não deve nada a ele!

── Sou eu quem decido isso.

S/n então colocou as mãos no bolso da jaqueta e saiu apressada da sala. Ela não queria mais escutar comentários, aquele um mês havia criado certa intimidade entre eles, S/n sabia que ainda havia bondade nele. O homem nasce bom, é a sociedade quem o corrompe. E talvez, ter ficado isolado da sociedade, havia feito com que a sua sanidade voltasse, com certeza sim.

S/n tirou o metal do bolso, encarando fixamente as chaves que havia roubado. Ela iria ajudá-lo e então, mostraria para o mundo que sempre estivera certa.

𝗸𝗶𝗹𝗹 𝗴𝗮𝗺𝗲 1 ❪ 𝗮𝗶𝗱𝗮𝗻 𝗴𝗮𝗹𝗹𝗮𝗴𝗵𝗲𝗿 ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora