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PRESA, presa entre quatro paredes

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PRESA, presa entre quatro paredes.

Paredes sufocantes.

O lugar pode ser grande mas ainda me sinto presa.

Presa pela culpa.

Presa pelo remorso.

Presa por meus erros.

Presa por mim mesma.

Mergulhada em meio a claridade dilaceradora.

Eu quero fugir.

Mas meus pés não se movem.

Estão plantados ao chão.

Raízes inquebráveis. Sufocantes. Uma sensação de algo em minha garganta.

Então uma rosa.

Uma rosa cheia de espinhos.

Uma rosa sufocante.

A luz excessiva me cega.

Fecho os olhos com força e quando os abro eu vejo.

Vejo meu maior pesadelo.

Então finalmente acordo.

Está escuro.

Sento na cama com a respiração ofegante e olho para os lados procurando.

O procurando.

Não o encontro.

Suspiro abraçando meus joelhos.

Minha respiração, meu coração, minha mente, estão todos a mil.

Meus cabelos grudam em minha testa, pescoço. Mas só consigo pensar naqueles olhos. E na falta que eles me fazem.

O sol ainda não nasceu, mas não demorará a o fazer.

Por que a noite é bela. Mas tudo que é belo tem seu fim.

Então levanto.

Não estou pronta para enfrentar o mundo. Mas o farei do mesmo jeito, assim como venho fazendo durante todos os anos de minha vida.

Uma roupa, um penteado, uma máscara de “Está tudo bem”.

E estou pronta.

Pronta para enfrentar tudo.

Ou quase.

— Bom dia. — escuto a voz doce de Elain dizer quando sento ao seu lado no café da manhã.

— Bom dia. Onde está papai? — pergunto.

— Ele saiu. Teve que resolver algumas coisas. Mas disse que volta para o jantar. — Nestha disse folheando páginas de um de seus livros.

— Sabe o que ele foi fazer?

— Não. Mas deve ser algo sério. Algo como trocas de informações importantes. — foi o que Elain murmurou.

— Vai plantar alguma muda de flor nova? — mudei o foco da conversa ao ver o pleno silêncio que se instalou.

— Sim. Talvez. Papai viajou da última vez e queria plantar as novas margaridas. — minha irmã respondeu. — Quer me ajudar?

— Claro. — meu sorriso era sincero.

Minha família tinha seus problemas como todas as outras.

Mas eu acreditava que poderia ficar bem. Se ficássemos juntas. Mas para nos completarmos, faltava alguém.

Feyre...

Aquela fera a levou. E eu fui a culpada.

Eu a matei. Eu a condenei a morte.

Não deveria ter matado o grande lobo.

Não deveria tê-lo feito. Mas fiz. E minha irmã foi arrancada de mim. E a culpa foi minha. Toda e completamente minha.

Mas eu ainda procuro. Uma forma de passar a muralha. Eu não estava lá quando a levaram. Mas as marcas na porta. As coisas que Elain balbuciava até certo ponto me fizeram entender.

O lobo era um Feérico. E com sua morte veio um preço. Deveria ter percebido.

Especialmente depois das palavras daquela mulher mercenária da aldeia.

Mas fui tola. E agora, nós que éramos quatro, nos tornamos apenas três. Três almas vagantes, cada uma em busca de algo. E eu estou em busca de alguém.

E só ficarei satisfeita quando a encontrar.

E eu encontrarei. Encontrarei Feyre.

E a trarei para cá. Para esse enorme lugar onde vivemos hoje. E eu espero que ela me perdoe.

Por ter de pagar por meus erros.

Por ter de pagar por meus erros

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Oi gente!
Como vão?

Espero que tenham gostado do Prólogo.

Para aqueles que querem se localizar isso é antes da Feyre voltar pela primeira vez da Corte Primaveril.

Não esqueçam de comentar e votar.

Bjs.

Love,Fire_Fly

 𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑳𝒊𝒈𝒉𝒕 𝒂𝒏𝒅 𝑯𝒐𝒑𝒆 || 𝑹𝒉𝒚𝒔𝒂𝒏𝒅 {𝖻𝗈𝗈𝗄 ߗ} ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora