Prólogo

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  Olhei o relógio e marcava vinte duas horas, bati o pé impaciente, fazia três horas e quarenta e dois minutos que eu estava lhe esperando, ele tinha dado a sua palavra que iria me encontrar, mas não apareceu e naquele momento eu me senti rejeitada e humilhada. Momento aquele que me lembrei de quando ele me cumprimentou pela primeira vez, aquele brilho nos seus olhos que me transmitiu confiança, lembro da sensação do meu estômago se contraindo quando pegou na minha mão, de como ele falou meu nome logo após eu me apresentar, como se falar meu nome fosse a coisa mais maravilhosa. Percebi tarde demais que estava chorando quando um soluço saiu alto demais, as pessoas começaram a me olhar com pena como se soubessem o que eu sentia, então para salvar o pouco de dignidade que eu ainda tinha, se é que eu ainda tinha, me levantei e saí daquele restaurante. Aquele restaurante que nós tanto amávamos, olhei pela porta uma última vez o canto que gostávamos de sentar, porque ali tínhamos a sensação que estávamos escondidos do mundo vivendo o nosso amor. Já do lado de fora sentindo o ar gelado batendo no meu rosto estremeci e me senti mais abandonada ainda, e foi nesse momento que algo dentro de mim mudou, prometi a mim mesma Alice Cooper que nunca mais iria atrás de Andrew Parker. Coração e apenas um músculo, ele não precisa de ninguém para sobreviver, e a partir de hoje homem nenhum iria me usar com a vantagem das palavras eu te amo.

𝑸𝒖𝒂𝒓𝒕𝒐 7Onde histórias criam vida. Descubra agora