Capítulo Oito

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  Assim que acordei e tomei ciência de tudo a minha volta e que lembrei do que havia acontecido, lembrei-me da última coisa que Matteo me falou antes de apagar, e comecei a pensar sobre isso, me lembro que naquele dia eu tinha enviado mensagem ao Matteo para nós encontrar depois do serviço, a gente ia conversa sobre a gente, ia deixar claro que não poderíamos mas nos encontrar, porém como um encontro com Matteo acabou comigo e Andrew juntos, e por Deus porque eu me encontraria com Andrew, cada vez que pensava sobre o assunto menos sentido tudo fazia. Senti minha garganta arranhando e procurei com os olhos pelo quarto aonde poderia beber água, porém não vi nada líquido, o que não restou escolha a não ser aperta o botão ao lado da cama. Após alguns segundos meu médico e uma enfermeira entraram dentro do meu quarto com um olhar preocupado e procurei meu ipad para escrever que apenas queria água como não o achei, fiz o impossível falei que queria somente água, e me assustei que minha voz saiu, grossa e esganiçada mais saiu, o alívio foi bastante bem vindo naquele momento.
-Muito bem Alicia fico feliz que sua voz já está voltando ao normal, vamos arruma água pra você. Como você se sente hoje? - Perguntou meu médico enquanto vinha em minha direção para olha meus olhos e aferir minha pressão.
-Tirando a parte que minha voz está parecendo um pato sofrido, já e um alívio pode me comunicar, então vamos dizer que estou bem tirando as dores no corpo e minhas pernas que não resolveram me obedecer, estamos indo bem. -A enfermeira voltou com meu copo de água o que achei muita falta de educação, eu estava com sede como ela poderia trazer somente um copo, quando ela estendeu o copo o peguei como se minha vida dependesse daquilo e tomei num só gole.
-Vamos trazer uma jarra de água para você, assim que fizermos seus exames e você se alimenta, toma muita água de barriga vazia não lhe fará bem.
-Tudo bem. -Disse a contra gosto. -Cadê meus amigos doutor?
-Estão todos lá fora esperando você acordar, passaram a noite aqui esperando que acordasse, quer que os chame?
-Por favor eu preciso conversa com eles. Obrigado. -Ele assentiu com a cabeça e saiu juntamente com a enfermeira.
   Enquanto esperava fiquei torcendo os dedos da mão num sinal claro de ansiedade, eu estava confusa não sabia muito bem o que fazer ou fala quando eles chegassem, assim que pensei o que falaria a porta do quarto se abre e o Dylan e o primeiro a entra logo após Matteo e Paula, Dylan estava lindo como sempre porém com uma cara de poucos amigos, o que me deixava mais aflita. Ele me deu um sorriso de lado assim que nossos olhares se encontraram e veio ao meu encontro me dando um beijo na testa, me passou tanto conforto esse simples gesto, eu só queria que tudo aquilo não estivesse acontecendo para que nós dois pudéssemos curtir seja lá o quer for que estivesse acontecendo entre a gente.
-Como você está hoje Jagiya? -Eu não entendi muito bem do que ele me chamou mais perguntaria depois sobre isso, temos coisa mais importante no momento para conversa.
-Estou bem, obrigado Dylan –Falei lhe dando um sorriso. Olhei para Matteo e Paula e eles estavam bem desconfortáveis um perto do outro. -Agora por favor alguém pode me explica o que realmente aconteceu? -Dylan já estava sentado na beirada da cama ao meu lado segurando minha mão, peguei aquele sinal como um alerta.
-Estamos querendo saber também Ali, eu mandei mensagem para Paula perguntando se poderíamos marca algo para o fim de semana e ela estranhou porque você disse que estaria comigo, porém você não estava comigo. Isso levantou um alerta entre nós, assim que a Paula me disse que você tinha me mandado uma mensagem pedindo para se encontrar comigo –Sinto Dylan fica desconfortável ao meu lado, eu aperto a sua mão e ele olha para mim com olhar triste. - porém Ali não recebi nenhuma mensagem, assim que terminei de fala com a Paula um dos nossos companheiros no departamento recebeu um chamado sobre uma briga doméstica num hotel, o hotel que a gente se encontrava, e quando falou o número do quarto eu sabia que algo estava errado, chegando lá encontramos você, toda ensanguentada, nua e desorientada. E é isso que sabemos. O que não entendemos porque você estava logo com o Andrew, porque marcou de si encontrar com ele.
   Aquilo não fazia sentindo, me lembro de manda mensagem para Matteo. -Aonde está meu celular? -Perguntei a eles.
-Seu celular ficou no departamento de polícia, com a correria dos acontecimentos não buscamos, e infelizmente ele e a única prova que temos para descobrir o que aconteceu. -Dylan me informou.
-Pois bem então peçam que faça o trabalho deles e procura no registro de mensagem, que a minha mensagem para você vai estar lá, não importa se não chegou pra você, eu mandei para você Matteo. Eu não encontraria com Andrew e também não entendo porque ele faria isso comigo.
-Os primeiros policial ao chegar no local arrebentaram a porta do quarto para entrar, e nos informou que quando entraram no meio da confusão Andrew falou que te amava e que voltaria, e pulou da janela, infelizmente não conseguimos pegá-lo, porém deve estar bastante machucado vai cometer um erro e iremos prendê-lo. -Falou Dylan agora em pé ao meu lado.
  Realmente parecia que estava vivendo num daqueles filmes dramáticos, nunca pensei em encontra o Andrew novamente, e muito menos que ele faria o que fez, mas infelizmente o destino me provou que podemos sim viver um daqueles filmes dramáticos. Matteo me informou que a polícia iria vim mais tarde para colher meu depoimento, não que ajudaria em algo já que não me lembro o que aconteceu. Paula falou sobre o serviço e sobre os colegas que conquistamos com o tempo, Dylan e Matteo teve que ir embora tinha serviço a fazer. O médico voltou mais tarde para colher mais sangue e fazer exames na minha cabeça, coluna e pernas, assim que os resultados de sangue chegaram ele informou que até o dia seguinte não houvesse nenhuma complicação poderia voltar para casa e realizar fisioterapia para que as pernas voltassem a corresponde os comandos do meu cérebro. No dia seguinte Dylan veio me busca e me levou para casa, estava precisando do apoio da cadeira de rodas, conforme o meu médico seria algo provisório que não deveria me preocupar, o corpo não se recupera fácil de um trauma. Queria pelo menos conseguir lembrar o que aconteceu naquele quarto de hotel.
  Ao chegar em casa tudo parecia novo para mim, como se não fosse mais meu lar, acho que o fato de anos antes ter compartilhado minha vida com o Andrew naquele apartamento e o Dylan está ali junto comigo fez tudo ficar mais estranho, desconecto, parecia que ali não era mais o lugar certo mais para mim. Dylan me levou para quarto e me colocou deitada na cama e sentou ao meu lado, percebi que o clima estava estranho entre nós porém não sabia bem o que dizer já que não lembrava bem o que havia acontecido, queria ter uma boa desculpa para dar naquele momento, mas quando sua memória não te ajuda não há o que fazer. Escuto Dylan suspirar pesadamente e decido eu mesmo começo a tão esperada conversa.
-Você está bem? - Que pergunta idiota e essa Alice nada está bem, acha mesmo que o homem a sua frente está bem. Sinto ele suspirar novamente.
-Não sei como eu me sinto, desde que te encontrei naquele hotel eu não me sinto mais o mesmo.
-Quer conversar sobre o que está te incomodando? - Não me lembro do que aconteceu mais queria muito escuta o que se passava em sua cabeça, posso ter conhecido Dylan recentemente, mas para mim ele já se tornou alguém muito importante.
-Não sei si resolveria alguma coisa a gente conversa agora, você nem se lembra o que te aconteceu, então não há o que conversar. -Dylan nem me olhava enquanto falava e isso estava me doendo por dentro, queria volta uma semana atrás quando a gente ficou, aquela noite foi tão especial, ou na manhã seguinte quando tomamos café da manhã juntos. Porque tudo tinha que ficar estranho pergunto a mim mesma.
-Eu sei que não vai ser uma conversa muito esclarecedora mais preciso saber o que está te incomodando, caso eu não tenha a resposta vamos buscá-la juntos, tudo bem? -Aperto sua mão em forma de apoio.
-Eu queria muito entender Jagiya o porquê de você ter marcado de  encontra com o Matteo depois de ter ficado comigo, não consigo entender, a gente tinha conversado tinha se resolvido no domingo de manhã, você tinha concordado em nós dá uma chance. - Sinto a aflição dele enquanto fala, e penso o quanto isso o machucou no tempo que estive naquele hospital.
-Eu sei que isso te machucou, mais não e o que parece, eu sinceramente não sei o porque de ter encontrado com Andrew, mais a respeito do Matteo eu marquei de encontra com ele para colocar ponto final no que estávamos fazendo, como eu tentaria algo com você se havia uma parte mal resolvida da minha parte. Minha relação com o Matteo sempre foi extremamente sexual nada além disso, porém eu precisava coloca o ponto final. -Sinto que uma parte de mim lá no fundo quer muito que ele acredite em mim, e sinto também que se ele não acredita algo vai se quebrar novamente, não sei o que esse homem fez comigo só sei que o que sinto por ele e forte.
  Dylan me olha diferente dessa vez, ele dá um sorriso de lado e tristonho e vem ao meu encontro e me abraça, não sei bem como interpreta essa sua reação e fico aguardando ele fala alguma coisa, porém como ele não diz nada eu pergunto se está tudo bem. Ele levanta a cabeça que estava no meu pescoço, olha dentro dos meus olhos e balança a cabeça que sim, me dá um beijo na testa e se afasta me libertando do seu abraço.
-Ali não sei o que você fez comigo só sei que quando te achamos desacordada naquele quarto eu tive a certeza que fui ao inferno e voltei. Como eu disse para voce naquele dia eu sinto algo por você, e pensa por um momento que você não me queria foi como arranca meu coração e de brinde um soco no estomago. Eu acredito no que você disse a respeito do Matteo, e fico feliz que voce tenha cogitado a possibilidade de coloca ponto final  em algo para ficar comigo. -Ele para e me da um beijo novamente na minha testa, o que devo dizer que isso estava me incomodando eu queria que ele me beijasse de verdade. -Vamos encontra aquele desgraçado e faze-lo pagar.
  Só então me deixo por um momento pensar em tudo que pode ter acontecido e que eu não lembro, falaram que me encontraram sem roupas, será que ele teve a capacidade de abusar de mim, sinto um arrepio subir pela minha coluna. O porque ele estaria naquele quarto naquele dia e naquele horario, as coisas não fazia sentindo, eu precisava me lembrar eu precisa de respostas, e o principal precisava me mudar daqui o mais rápido. Olho para o Dylan e pergunto: -Ele abusou de mim? -Assim que fiz minha pergunta eu já não sabia se queria de fato saber a resposta.

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