3 - 𝐴𝑏𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜?

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— E por último, desculpe ouvir a conversa de vocês, na verdade, hoje pareceu todo mundo me notar, mas você chegou e não me viu bem aqui ao lado do seu irmão, quando percebi que falou de mim acabei ficando, enquanto me questionava, como um gnomo mi...

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— E por último, desculpe ouvir a conversa de vocês, na verdade, hoje pareceu todo mundo me notar, mas você chegou e não me viu bem aqui ao lado do seu irmão, quando percebi que falou de mim acabei ficando, enquanto me questionava, como um gnomo miudinho se tornou em um ano e meio, uma das garotas mais lindas que já vi na vida? Se isso não é uma evolução digna de Pokémon, eu juro que estou considerando fada madrinha e abóboras virando carruagem. 

  Por fim, para o meu desespero e indignação, a beleza celestial a minha frente sorriu com o mais perfeitos dos sorrisos.

— Nunca. — pensei alto, era impossível!

  Eu é que estava cogitando fada madrinha e baile só até meia noite. O cara a minha frente sem chance alguma era o mesmo Matteo que deixou a escola ano retrasado, nem por um caralho é o mesmo garoto que ficava lá em casa com assuntos idiotas, e nem por um milagre eu consigo acreditar, que é a mesma pessoa.

  Seus cabelos que agora eu sabia a cor, eram de um loiro escuro, sua pele pálida também estava diferente, bem cuidada, e um par de olhos azuis levemente puxados, capazes de derreter qualquer calcinha.

Ele tomou bomba?

E cadê as espinhas?

Cadê o moletom vermelho e a touca de maconha?

Aquilo é um cinto?

Por que eu ainda não vi sua cueca?

E o back? Não tem nem cheiro de cigarro!

— Ihh porra, alguém conseguiu fazer ela tirar os olhos do carrapato! — a voz do Derek me puxou para a realidade. Sacudi a cabeça olhando para o meu irmão com raiva. 

— Não chama ele de carrapato! — grunhi, lutando ao máximo contra a vontade de olhar novamente, tirar foto e fazer uma pesquisa no google, ele só pode ter saído de algum filme. Ou eu ainda estaria dormindo?

— Sera que eu adquiri a habilidade de ver anjos? — Mamãe sempre disse que eu tinha um pezinho na mediunidade.

— Prazer, Matt, você não deve se lembrar de mim, Daphne. — Ele estendeu a mão e eu a peguei depois de alguns segundos. Puta merda, eram mais macias que as minhas.

— Lembro, claro que lembro, você era raquítico, fumava mais que chaminé, se vestia como um nóia e nunca pediria desculpas na vida! — Ele riu, mais uma vez mostrando a perfeição do trabalho de um puta dentista. — E você usava aparelho! 

— É, eu dei uma mudada, mentalmente e fisicamente. 

— Principalmente fisicamente  — pontuei, ainda sem pensar muito nas palavras, elas saiam antes que eu pudesse segurar. 

— Porque você ainda não trocou uma ideia comigo, vai ver que a mudança mental foi maior! — Considerei aquilo como um encontro.

  As borboletas no meu estômago também. 

Cupido, Traz Mais Um Clichê!Onde histórias criam vida. Descubra agora