— Enemies to lovers! — Despejei ao fechar a porta atrás de mim. Meu peito subia e descia rapidamente, e eu nem quero me lembrar que deixei Matteo para trás sem dizer uma só palavra.Minha resposta foi bufar como um búfalo antes de entregar a ele o pacote de Cheetos e deixar a cozinha batendo os pés no assoalho.
Ao me dar conta de que estava sentindo raiva por suas palavras, e um incomodo inexplicável por aquele sorriso debochado, eu tive mais uma vez o vislumbre de um dos meus clichês favoritos.
Não, Matt e eu não protagonizariamos um enemies to lovers, ele não preenchia os pré requisitos para isso e pensar na hipótese me fez aceitar ocultamente a aposta, pois eu estava mais do que certa de que nada, absolutamente nada em Matteo D'Lucca me faria mudar de ideia. Ele ainda é a mesma pessoa. Pode estar mudado fisicamente, mas ainda é uma das pessoas que mais odeio na vida.
Eu não seria vítima de um clichê idiota, não, eu sou a que escreveria um, isso porque eu sei muito bem que, um adolescente problemático bonito, ainda é um adolescente problemático bonito, e eu não romantizaria um relacionamento desses nem shipparia meu nome com o do cara que deixou vários traumas na vida do meu melhor amigo por exemplo.
Dizer que fui vítima de piadas contra minha baixa estatura, não chega aos pés de dizer que Dylan foi — e ainda é —, vítima de piadas contra sua família. Até porquê, para muitos isso soa fofo, mas em uma realidade reversa, também é motivo de preconceito então que se foda a problematização, eu estou puta por me sentir puta e isso ainda parecer romântico!
— Você ainda ta esperando eu perguntar o que aconteceu? — Perguntou Dylan, daquele jeito ingênuo que faz tudo parecer menor do que minha mente faz parecer que é. — Porque você ainda está de pé encostada na porta ofegante, e eu sei que está fazendo uma daquelas coisas de pensar como se fosse uma descrição de um livro quando na verdade é só uma crise existencial então... Quer conversar sobre isso?
— Terapia de amigos agora não Dylan, eu ainda não cheguei no meu limite. — Não contei ao Dylan o que aconteceu. Invés disso me deitei na cama novamente e abri meu manual do bom cupido.
Ainda não tinha definido um nome pra ele.
Refleti muito brevemente sobre minha volta ao quarto e adquiri mais um item na minha lista.
"Ele vai fazer seus problemas parecerem insignificantes"
E na realidade é sobre isso. Um olhar pode mudar tudo, mais uma qualidade do meu melhor amigo para meu tópico de essencias para um clichê perfeito.
Acima dele também tinha coisas como:
"O sorriso dele pode alegrar o seu dia, em contrapartida, o seu tem o poder de parar o mundo.
Escrevi essa quando Dylan e eu estávamos jogando banco imobiliário e após uma crise de risadas dele, eu elegi sua gargalhada como uma das mais sinceras e contagiantes no mundo, nada forçado, absolutamente nada atraente, portanto, segundos depois eu estava jogada no chão da sala sem conseguir parar de rir.
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Cupido, Traz Mais Um Clichê!
RomanceAna Walker quer viver seu tão sonhado clichê colegial antes de se formar, e vai contar com a ajuda do seu cupido e melhor amigo, Dylan, pois segundo ela, ele é o grande culpado por nunca ter conseguido gostar de alguém. Os livros deixaram suas expe...