•Capítulo 1

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-Blair.

O sonho acrecentava algo interessante, estava na floresta de Creswell Crags, eu andava lentamente, estava a noite, o céu estrelado, escuro e frio, de repente, escutara algo vindo a minha direita na escuridão, acabo seguindo de onde veio aquele som, era familiar, era doce e calmo, me sentia serena ao seguir aquele som. Ao chegar no final da trilha, vira uma menina de costa, sentada, enquanto tocava uma flauta, é fato, era a minha flauta. Me aproximo dela e pergunto:

- Olá? Está tudo bem?

A menina se virou, seus olhos eram negros, vi o vazio naqueles olhos. Ela se levantou do chão e me abraçou, de repende, essa menina se formava fisicamente num homem alto, com chifres e magro, eu gritei de medo e assim ele dizia:

- Feliz aniversário, Blair.

Acordo suando, em desespero, vendo se estava em casa e em meu quarto. Está sol, parecer ser de manhã, escuto o cantar dos pássaros ao redor da mata. Me levanto e vou indo em direção a procura de minha mãe.

- Teve aquele sonho de novo, Blair?

Olho para ela, surpresa.

- Como sabe que eu sonhei?
- Toda vez que você sonha acorda suada.

Passo a mão em minha testa, assim ageitando minha franja encaracolada.

- Afs.

A velha vem até mim, sorridente e parecia que segurava algo atrás de si, tentando esconder algo de mim, em seguida me dá um abraço apertado, me dando vários beijos no rosto.

- Parabéns, meu bem!
- Ta ta, chega de beijo.
- Tome, agora que completou 18 anos, irá precisar.

Ela me dara um livro velho, não tão grande e nem tão pequeno.

- Pra que exatamente?
- Blair, você é uma bruxa, precisará dele para práticar.
- Olha mãe, no momento eu tenho pensado muito em querer ser alguém "normal" sem querer entrar nessa fase espiritual, não estou afim de morrer.
- Blair deixa de bobagens! É de sangue e acredite, precisará. Irei na cidade comprar algo para a gente almoçar, vem comigo?
- Nha...vou dar uma volta por ai.

Dou as costas a ela enquanto vou ageitando meu cabelo. Troco de roupa, colocando algo mais arrumado e confortavel de vestir.

 Troco de roupa, colocando algo mais arrumado e confortavel de vestir

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Vou indo em direção a saída da minha casa.

- Blair, não demore.
- Tudo bem.

Assim, dou de costas as mesma, sigo em direção a fundo da floresta. É tão estranho o como aquele sonho sempre me persegue toda vez quando é meu aniversário, chega a ser hilário e esquisito, mas é familiar.

- Parabéns, Blair!

De repende, algo pula em cima de mim tão rápido que não vejo o reflexo, caio no chão. Oh claro, era Charles, pulando em cima de mim de uma árvore.

- Puta que pariu, Charles! Cuidado.
- Olha boca, menina. Não é porque ficou velha que as coisas vão mudar.
- Que seja.
- E então, como se sente?
- Com dor, lógico.

Charles ri, meio desengonçado, tentando se levantar.

- Não disso, idiota haha! Como se sente fazendo 18 anos?
- Bom, acho que nada mudou, só minha mãe que me deu um livro idiota de magia.
- Nossa que legal!
- Que legal?! Meu deus Charles, apenas não romantice isso dela, só porque sou filha de uma bruxa que devo agir como tal, me poupe.
- Olha Blair, se bem que ela está certa em te dar, e se a guarda real tentar matar você?
- Esse o problema, se soubessem que eu e minha mãe somos bruxas, estamos mortas.
- Mais cara, assim, usa nas escondidas, como sua mãe faz, simples não?
- É, mas não é o que parece, Charles.

Me ageito enquanto olho para Charles e assim, nós dois seguimos a trilha da floresta enquanto colocamos nossos assunto ao dia. De repende chegamos a uma cidade, o povo estava movimentado, parecera que estara tendo algo.

- O que será que está havendo?
- Não faço ideia, Charles, vamos nos aproximar.

Charles e eu fomos andando pela multidão, de repente, vimos três mulheres amarradas em cima de uma madeira na frente de todos enquanto vários homens (guarda real), um padre e um jovem ao seu lado, talvez seja algum membro da igreja.

- Meu deus, Charles.
- Meu deus digo eu, Blair.

O padre com uma garrafa grande de alcool em sua mão, se pronuncia:

- Meu povo caipira! Em nome da palavra de Deus, essas três mulheres estão cometendo bruxaria e adoração ao Diabo! Em nome do pai, do filho e do Espírito Santo, que vocês quimem no inferno!

Uma das moças amarradas, a do meio, diz:

- Tudo bem, padre, te vejo lá também.

A moça sorri e dá uma gargalhada. O padre envergonhado, joga alcool nas três mulheres, e assim, pegando um fóforo e as tacando fogo. Todas elas gritam, se agonizando de dores. Ao ver aquilo, me senti meio zonza, me apoiando ao Charles.

- Blair? Você ta bem?
- Charles só vamos embora, por favor.

Me seguro sobre Charles, ainda meio zonza, me deparo com um grupo de guardas reais indo em direção a mata, assim, seguindo em direção ao mesmo caminho que eu e Charles seguimos. Me desperto e percebo que estão seguindo em direção a minha casa, pois é a única casa da floresta.

- CHARLES! ELES ESTÃO INDO PRA FLORESTA, CHARLES! MINHA CASA!

Me solto de Charles e saio correndo atrás dos guardas por meio dos matos sem fazer tantos barulhos, Charles apenas me segue em silêncio. Ao chegar no local, Charles me ajuda a subir numa árvore calmente, vendo a reação dos guardas ao entrarem na minha casa. Estou em desespero, estou com medo. De repente, os guardas saem da minha casa segurando alguém, era minha mãe, minha mãe sendo levada embora.

~ M-Mãe?

O encanto da bruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora