COCKINESS | taekook

8. não tão longe

Boa leitura! ❤️

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No caminho para a escola naquela segunda feira ensolarada, Jeongguk podia se sentir melhor agora que havia escolhido o esporte que faria. Toda a pressão de antes e a influência de seus pais sobre ele (além do fato que ele estava começando a desconfiar que seu pai estava escondendo algo dele referente a empresa) fizeram-no escolher aquele caminho, dizendo para si mesmo que como fora ele que decidira - com um pouquinho de influência de Taehyung -, seria mais fácil de aceitar.

A única parte boa é que Taehyung estaria lá; e que droga, Taehyung estaria lá. Ele não poderia fingir estar praticando algo até o horário acabar.

Nem tudo são flores, afinal.

Ele acelerou um pouco mais os passos, e sua mente facilmente jogou a dúvida impertinente que permanecia lá desde que seu pai havia declarado a falência: e se aquela fosse sua vida agora?

Não tinha ideia se conseguiria lidar. Foi fácil pensar que todos aqueles dias iriam acabar logo, porque sua vida normal voltaria. Mas foi difícil se afastar da rotina quando Taehyung e as amigas que fez na escola apareciam. Só que também restavam seus mais antigos amigos, aqueles que conhecera enquanto estudava na escola particular e todos os outros. O que diriam? Sua mente não conseguia definir suas reações.

Jeongguk tentou andar mais depressa, fixando sua atenção no portão do prédio escolar. Um pouco distante, se aproximando numa velocidade normal, havia um carro vermelho, grande e chamativo que facilmente captara sua atenção.

Seu estômago apertou com uma sensação ruim, e ele acelerou os passos, tentando adentrar o prédio escolar antes que o carro estivesse próximo o suficiente. Mas não havia tido tempo o suficiente para uma reação, e a voz feminina que ele ouviu da direção de suas costas foi suficiente para provar isso.

- Jeongguk?? É você mesmo? - era a voz de Ana. - Seu corpo congelou. Ele não estava pronto para enfrentá-los sobre sua nova realidade. Só precisava um pouco mais de tempo, seu pai ainda poderia reaver o dinheiro da empresa e- - Olhe pra gente, seu medroso.

Jeongguk virou-se, consciente demais que não havia como fugir agora da verdade.

- Puta merda, é ele mesmo! - a voz de Rob zumbiu logo atrás de Ana. Eles estavam juntos no carro. - Jeongguk, que uniforme é esse?!

Jeongguk não conseguiu responder de cara. Ana olhou dele para a frente do prédio escolar várias vezes, analisando.

Ela sorriu desacreditada.

- Espera um pouco... Você tem sumido esse tempo todo porque agora está estudando numa escola pública? - seu tom de pergunta era acusatório.

- Não! Eu não- é apenas por um tempo, apenas- - suas palavras tremeram, e Jeongguk se calou. Ele ouviu Rob rir alto no carro, e seu estômago embrulhou com o som.

- Eu sabia que seu sumiço estava estranho demais. Você nem queria que a gente fosse fazer uma visita. Acho que o motivo está claro agora - Rob dissera.

- Parece que alguém teve que voltar para os braços da mamãe - Ana estava com um sorriso de deboche nos lábios. - Fala sério, eu não acredito nisso.

- O que vocês estão fazendo aqui? - Jeongguk perguntou, tentando abandonar a bolha de tristeza que estava enchendo rapidamente.

- Dando uma volta, algo assim. E que ótima volta - Ana bateu palmas, rindo. Quando ela o olhou novamente, seus olhos carregavam indiferença, a frieza carregada em suas palavras. - Faça um favor de sair do nosso grupo. Não faz sentido você estar lá e aqui. Não é assim que funciona, Jeongguk, você sabe disso.