Eu Te Amo

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Foi aqui que me pediram uma continuação dessa história? 🧐
Hihihih.
Boa leitura.

Ayla

Minha cabeça ainda dói quando desperto com um raio de claridade atravessando a janela do quarto, juntamente com o barulho da chuva batendo no vidro. Eu me sinto cansada, muito cansada. Tento deslizar a mão no colchão para encontrar Stephen, mas a única coisa que encontro é o conjunto de roupas que ele escolheu para usar hoje na empresa. Eu tenho mesmo que ir trabalhar? Juro que se fosse por mim eu passaria o dia todo enfurnada nesta cama e não me importaria em acordar com os olhos inchados depois. Continuo estirada na cama como se estivesse em uma cena de crime, fingindo que ainda estou dormindo para observar Stephen com uma toalha preta em volta da cintura, desfilando pelo quarto. Ele é lindo de morrer! Eu morreria com a beleza deste homem facilmente se isto fosse mortal, mas ele não precisa saber disto. Ao parar ao lado da cama onde as roupas estão jogadas, ele estica um pouco o braço e toca a minha testa e minhas bochechas, medindo minha temperatura. Eu já disse que este homem é tudo na minha vida? Porque sim, ele definitivamente é tudo pra mim. Tenho vontade de sorrir, mas me controlo e continuo o observando enquanto ele se veste avidamente. Stephen tem mania de pentear o cabelo com os dedos a cada vez que os fios saem do lugar, acho fofo, embora prefira mil vezes quando ele está tão atrapalhado que sai com o cabelo esvoaçado. Stephen tem jeito de menino certinho, embora eu esteja tirando esse estereótipo dele aos poucos.

Me espreguiço na cama, sentindo todo meu corpo doer nada medida que me movo. Stephen rapidamente se vira para mim e balança a cabeça ao sentar-se do meu lado na cama. Ele é tão lindo, quando pequeno deveria ser o mais requisitado da escolinha. Aposto que sim.

— Bom dia — murmuro para ele, sentindo-o um pouco tenso por culpa da noite anterior. Ele estende o braço e mais uma vez toca minha bochecha — eu não estou com febre, estou me sentindo melhor.

— Fiquei preocupado com você ontem — ele afasta a mão e puxa um pouco o cobertor para avaliar minha cicatriz. Eu não me dei o trabalho de dormir de roupa ontem, fiquei sem nada e apaguei. Stephen percorre o dedo indicador por cima da cicatriz e solta um suspiro abafado — eu te machuquei?

— Não, Wylie. Eu estava cansada, foi só exaustão, não tem absolutamente nada a ver contigo, ok? Não se preocupe com isto.

— Claro que me preocupo, você ficou sem fôlego ontem e não foi de um jeito bom. Está se sentindo bem? Pode ficar em casa hoje. Eu preciso ir até a empresa resolver uns problemas e posso participar das reuniões que você marcou — ele agarra minha mão e a puxa até seus lábios macios, beijando dedo por dedo. Deslizo o dedo em seu rosto e o agarro pela caminha, puxando-o um pouco até que seu rosto esteja bem próximo do meu — Ayla, nem pense nisto.

— E por que eu não posso pensar? A minha mente é um universo sujo de malícias — sorrio, achando graça da expressão assustada dele quando puxo seu lábio com os dentes e o beijo em seguida — não fique tão caótico, Wylie. Eu estou muitíssimo bem, só um pouco cansada.

Me levanto da cama, ignorando o fato de que estou nua e ele está me ignorando ainda sim. Agora ele nunca mais vai querer transar comigo por medo de me machucar.

— Você teve falta de ar ontem, mocinha — ele está me seguindo para o banheiro. Preencho minha escova de dentes com um pouco de pasta, ligo o chuveiro e me coloco debaixo da água quente, sentindo alívio quando as gotas aquecem meus seios. Eu estou sentindo muito sensível a área dos mamilos, talvez seja meu ciclo finalizando, ou talvez por culpa da cirurgia. Eu ainda não aprendi a lidar com meu próprio corpo — isto não pode ser normal, nunca te ocorreu antes.