4 - Não vamos falar sobre o passado

102 9 16
                                    

Robin Dreyar acordou exausta. Era como se todos os ossos de seu corpo tivessem feito um combinado e fariam ela sofrer com a dor tremenda que estava sentindo.

Foi uma madrugada bem complicada. Depois de acabar por pegar seu namorado - ou ex-namorado - e sua irmã mais nova juntos, Robin decidiu que não deveria ficar naquela casa por nenhum minuto a mais. Quando os dois desistiram de contatá-la, ela saiu de fininho, foi para seu carro e dormiu por lá mesmo.

Mas toda aquela dor no corpo que ela estava sentindo nem se comparava a enorme dor que ela sentia no peito. Sentindo-se totalmente traída, Robin passou as costas das mãos antes que as lágrimas pudessem sair de seu rosto. Arrumando o retrovisor, ela pegou seu celular  e digitou uma mensagem simples para a mãe que estava indo embora.

Emi e Gojo que se ferrassem para explicar o que aconteceu.

Sua cabeça doía tanto. Parecia que um peso adicional havia sido colocado em sua cabeça - os chifres, talvez. Abrindo sua mala que se encontrava no banco do passageiro, ela pegou seus óculos escuros para tentar disfarçar os olhos avermelhados.

TALVEZ não fosse a melhor opção dirigir naquele estado, mas Robin tinha que sair dali. Não havia outra opção.

Dirigindo por algumas poucas horas, Robin parou em uma lanchonete para tomar seu café da manhã, já se passava das onze. Sentando-se em uma cadeira confortável, ela pediu algo leve para não atrapalhar o resto da viagem.

Enquanto esperava seu pedido, pegou o celular por um momento e ao ligar a tela haviam tantas mensagens que ela tinha certeza que nem ao menos conseguiria contar, e elas não paravam de chegar.

De Nanaminn:

"Aconteceu algo?"

De Satorojo:

"Robin?"

(Havia tantas e tantas mensagens de Gojo que Robin nem quis abrir a conversa para visualizar cada uma)

De Mamãe:

"É realmente uma pena você ter que ir embora assim...

Não deixe de vir ano que vem! Estaremos te aguardando.

Aliás foi muita gentileza da sua parte deixar seu namorado aqui, prometo que não iremos assustá-lo."

Os olhos de Robin se arregalaram com a última mensagem. O que raios Emi havia falado para a mãe dela?

Perdendo a vontade de ler as outras mensagens, a mulher fez a única coisa que mais parecia sensata no momento, ligar para Kento Nanami.

- Oi... - ela tentou parecer entusiasmada na ligação. Ele não demorou muito para atender, era uma característica interessante dele, ou ele te atendia rapidamente ou nem atendia.

- Olá, Robin. A julgar pelo seu tom de voz, algo aconteceu. - Ele foi curto e direto, para outros poderia parecer rude, mas para Robin não.

- Eu detesto como você me conhece tão bem. - Ela riu levemente e suspirou antes de contar o que havia acontecido de madrugada. - Mandei uma mensagem para minha mãe falando que eu precisava voltar emergencialmente para minha casa e ele ficou por lá. Não sei exatamente o que Emi disse, mas acredito que não foi a verdade.

- Hm... - Ele escutou tudo sem falar nada e apenas fazia alguns sons instruindo Robin a continuar falando, ele sabia que mesmo que ela tivesse terminado de contar a história, havia muito o que dizer ainda.

E se fosse verdade - Kento NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora