Brincar

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- Eai eu corri e corri, encontrei muitas florzinhas e borboletinhas, mamãe - a pequena ômega comentava animada para os seus pais sobre o dia em que tivera, sentada sobre a cadeira com duas almofadas de sustentação para ela e com suas bochechas sujas pelo brócolis em que comia com tanto fervor.

Seus pais sorriam perante a sua pequena criança que se agitava balançando seus pezinhos cobertos por meias e seus fios escovados e presos em uma trança, ela já havia tomado o seu banho para dormir e estava em seu jantar, onde sempre preenchia a noite de seus pais com suas histórias do bosque.

- E eu...hm...eu - Hope exita em contar que conhecera um alfinha grande, a brisa sussurra para ela "não conte, borboletinha, é o nosso segredinho" , mas, mentir é errado, mamãe, ela tenta argumentar em sua cabecinha juvenil e a mesma nada mais escuta da Deusa, ela estava certa, sua Hope fora criada para fazer o que era correto e a Deusa não iria contra a sua verdade - eu perdi a minha harpinha, papai, você me desculpa? - a ruiva pergunta para o seu pai que pisca seus olhos confuso, que logo recaem na mais pura adoração pela ômega.

- Não tem problema, bruxinha do papai, você irá encontrá-la em seus passeios, tenho a certeza disso - James afirma ao dar um cheirinho nos cabelos dela e a ruiva acena sua cabeça em aceitação daquilo, ela iria encontrar sim, ela sempre encontrava as coisinhas que perdia no bosque.

- Muito bem, Potter pai e Potter filha - Lílian sorria ao retirar com um aceno os pratos e objetos da mesa, deixando apenas os três alí - está na hora da bruxinha mimir - a beta pega a pequena ruiva em seus braços a aproximando do homem para que ela o desse um beijo, o que ela prontamente faz.

- Boa noite, papai - ela se despede ao dar tchauzinhos com a sua mão para o homem.

- Boa noite, minha bruxinha - o homem sorria para a sua bebê enquanto ela se afastava com a sua mãe para o quarto dela.

- Prontinho, neném, está quentinha? - a mulher a pergunta quando a deita em sua cama e a cobre com suas cobertinhas preferidas.

- Sim sim, mamãe, estou quentinha, mamãe, você pode me dar a senhorita Grace para dormir esta noite? - a ômega questiona quando pisca seus dois grandes olhos para a beta, que não resiste e se levanta para pegar a pelúcia de sua filha.

- Aqui, neném, agora tenha bons sonhos, minha fadinha - Lílian deixa um beijo suave em sua testa e Hope fecha seus olhinhos e agarrando sua pelúcia, ela se permite adentrar o mundo dos sonhos.

A noite passou rápido e logo já era dia, aproximadamente seis horas da manhã quando Hope se levantou para observar o sol nascer no horizonte.

A pequena ruiva se aproximou de sua janela, abrindo a mesma após subir no banquinho em que a sua mãe deixava para a sua filha, e se desbruça na madeira branca para admirar o Sol subindo ao céus.

- Uau mamãe Nyx, isso é tão lindo - a ômega sussurra tão impressionada quanto nas outras vezes em que presenciara aquele fenômeno matutino - olhe olhe, mamãe, um passarinho de fogo - a pequena aponta para o céu enquanto seus olhos refletiam o que ela via.

O que ela não via, era que uma linda Deusa estava desbruçada ao seu lado na janela, a observando com admiração, quase como se a pequena fosse a coisa mais bela em que ela via.

- Vá brincar, pequena borboletinha - a voz sussurrada da Deusa a fez despertar, e Hope sorria ao se despedir do Sol com um aceno de sua mão e um agradecimento à Terra pelo dia.

A ômega se vestia com seu vestidinho verde, bagunçando seus cabelos e correndo para fora do quarto enquanto retirava suas meias.

- Ash, onde pensa que vai com tanta velocidade, pequena bruxinha? - seu pai a questiona a pegando em seus braços, Hope balançava suas perninhas e braços, assoprando uma mecha ruiva da frente de seus olhos.

- Brincar, papai, o dia está lindinho e o Sol está me convidando para brincar com ele - a garotinha dizia enquanto seu pai sorria a levando para o banheiro.

- Pode brincar depois de tomar seu leitinho, o que acha, querida? - seu pai a questiona a fazendo pensar e acenar positivamente várias vezes.

- Vamos vamos, papai - ela batia palmas feliz enquanto pulava até a sua cadeira azul, subindo no banquinho para poder se sentar.

Hope tomou o seu café o mais rápido possível e pegou sua bolsinha, colocando uma maçã para caso sentisse fome e se retirou de sua casa em pulinhos alegres.

- Bom dia, florzinhas, borboletinhas, árvores e tudinho - a pequena ruiva parecia tão feliz tocando cada pequeno organismo vivo daquele lugar, seu sorriso era largo e sua doce risada reverberava pelos ares - por favor, mamãe, por favor mamãe, traga o meu senhor alfinha para brincar comigo de novo - ela pedia com as suas mãozinhas juntas como se fizesse uma prece importante - ele é muito bonzinho, mamãe, por favor - ela sussurra enquanto uma figura atrás de si, sorria abertamente com aquela pequena criança tão bela.

- Onde estão as asas da minha borboletinha verde? - a voz grossa e profunda do homem a faz se virar para ele instantaneamente, seus olhos arregalados e um sorriso nascendo em seus lábios.

- Você veio, alfinha - a ômega se gruda a perna do moreno, ronronando como uma gatinha conforme passava seu rostinho nele.

- Pelo que me recordo, eu tinha um combinado com a fadinha desse bosque? - o homem a pega em seus braços delicadamente, ela era tão pequena que ele tinha medo de machucá-la com suas rudes mãos.

- Sim sim, alfinha...você...vai brincar com a fadinha? - os seus grandes olhos bicolores piscavam para o alfa que não consegue negar seu pedido.

- Vou, bebê ômega, irei brincar com a minha fadinha - Tom responde ao caminhar com a garotinha em seus braços.

Hope sorri ao deitar seu rosto no ombro do homem, com seu bracinho em volta do pescoço dele, ela fecha seus olhos.

Tom se senta com a garotinha perto do lago de águas claras que havia por lá, Hope se levanta de imediato, com um sorriso em seus lábios.

- Irei te mostrar minhas asinhas, alfinha, eu não preciso de varinha igual mamãe e papai...olhe olhe alfinha - asas esverdeadas surgem em suas costas, e Riddle sorri com aquilo, tão pequena e tão poderosa.

- Me deixe ver a borboletinha, gire aqui, bebê - o homem sorri ao vê-la girar para que ele a visse - muito bem, acho que podemos dizer que a rainha borboletinha está em minha frente - ele aperta a pontinha do nariz delicado dela.

- Alfa bobinho, eu sou uma bebezinha e não posso ser rainhazinha - Hope o abraça com força...seu amiguinho era tão fofinho, ela se sentia feliz por não mais ficar sozinha em suas brincadeiras, ela agora tinha um amiguinho para se divertir.

My Destination - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora