Após ficar o resto do dia se recuperando, Elanor sai decidida enquanto voltava para casa que precisa urgentemente ir ao castelo pois algo de muito ruim deve ter acontecido lá, afinal, um Ydátinos passeando tranquilamente pelo reino a procurando para uma briga não aconteceria se tudo estivesse bem. Mas ela sabe que a decisão de ir, mesmo já sendo seu objetivo, não seria bem aceita pelos seus filhos. Seus filhos mais velhos são bastante protetores quanto a ela, então contar o seu plano seria um desafio.
Ao chegarem em casa, Elanor conta como planeja arrumar as coisas e fazer uma viagem até o castelo checar o núcleo de magia.
- O que? Pra que? - pergunta Eliza - Ah, mas você não vai de maneira alguma, minha mãe! Se algo aconteceu lá então o rei sabe o que fazer!
- Eu tenho que ir. Se aconteceu alguma coisa, só minha espada vai arrumar essa palhaçada. - Elanor responde
- Você não sabe disso, não usa essa espada a anos! Talvez você vá direto a morte! - Continua Eldrick, ao lado de sua irmã - Talvez ela nem funcione mais, não vai de jeito nenhum.
Elanor pausa um pouco após isso, encarando a espada que trouxe ela mesma para a analisar no caminho de casa
- Só tem um jeito de saber. E vocês criem vergonha, sou sua mãe e não sua filha! Quem manda em mim mesma sou eu. - Fala Elanor, apertando mais o cabo da espada
- Hmph, esses dois aí são idiotas, mamãe. - Fala Eros, que vai entrando na sala onde estão - Vocês não tão pensando. Se mamãe for lá e tiver um palhaço soltando os monstros, ela só o mata e o rei dá dinheiro pra gente pelo bom feito!
-...Quer mandar sua mãe á morte por dinheiro? - pergunta Eliza, indagada
- Para a riqueza, seus bestas. Além do mais... - Eros Continua - Eu posso ir com ela e matar o idiota eu mesmo! Assim ela não precisa fazer nada-
- Então morreriam os dois!
Os três irmãos começam uma briga, com Eros insistindo que pode ir com a mãe ganhar dinheiro fácil, enquanto Eliza e Eldrick o repreendem falando que Elanor é velha demais para algo tão perigoso assim. Elanor, vendo como a briga sem sentido não vai parar agora, apenas se vira para o próprio quarto resmungando como não é uma velha indefesa e consegue fazer as coisas sozinha, ignorando o fato de que quase morreu mais cedo nesse mesmo dia. No quarto, Elanor se abaixa olhando debaixo da cama e logo puxa uma caixa, caixa essa de aparência bastante velha com um cadeado enferrujado que é quebrado facilmente com uma pancada dada usando o cabo da espada. Dentro dele, além de poeira e pequenas teias com aranhas mortas, Elanor tira uma velha roupa que não via a anos, seu uniforme de batalha, usado na sua juventude em sua primeira jornada. Por mais que tenham se passado anos, o pano continua bem junto e o brasão do sol não parecia danificado pelo tempo, coisa que surpreende Elanor, a analisando e procurando algum defeito que precisa ser arrumado.
"Não custa nada tentar." Ela fala para si enquanto tira o vestido meio rasgado pelo monstro, revelando várias cicatrizes pelo corpo, marcas feias que tenta ignorar enquanto veste o antigo uniforme, que ainda encaixa como uma luva.
Segurando a espada mais uma vez em frente ao espelho, Elanor se ajeita em uma postura mais séria
-...Isso vai servir. - Elanor fala para si, ajeitando as grandes luvas que escondem as cicatrizes nos braços - Não importa se não querem que eu vá, pego um cavalo e vou amanhã mesmo.
...
...
...O dia começa cedo para Elanor, que as sete da manhã se encontra na entrada da vila esperando o cavalo que pediu para poder viajar. Várias pessoas curiosas da cidade se juntam em sua volta, oferecendo comida e roupas para a viagem, enquanto seus filhos e netos ajeitam suas coisas ainda na esperança que Elanor desista dessa ideia maluca.
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All Over Again
Fantasy"Oque fazer agora que o peso da sua espada não é mais tão leve quanto você se lembrava? Que sua magia mais poderosa coça sua garganta como fogo? Que um desvio básico é o suficiente para sua coluna ranger de dor?" Isso tudo são perguntas frequentes...