O último de nós - K O D A

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E cá estava eu estudando sobre a segunda guerra ao som de uma bela musica ...

1563 palavras 

Ao imaginar minha pobre e sofrida alma não obtenho alento ao lembra que estou condenado as chamas eternas

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Ao imaginar minha pobre e sofrida alma não obtenho alento ao lembra que estou condenado as chamas eternas.

A final imagine como seria a alma de um ser tão cruel que puxou o gatilho para um outro ser, pior ainda, para um igual.

Eu neguei minha fé, e toda a minha vida, a custa da sobrevivência, e hoje sobrevivo do medo que causo, minha cabeça se pega pensando se valeu a pena, afinal, não tenho mais uma vida eu simplesmente sobrevivi.

Bom, sobreviver ainda é um alento tendo em vista que muitos não tiveram a mesma sorte desde que a guerra começou.

Guerra essa injusta propagação de ódio sem justificativa plausível, é incrível imaginar como um único ser humano consegue disseminar tanto caos, usando do ódio e da vingança para matar quem, de acordo com seu julgamento errôneo, merece morrer, enquanto a população se divide em partes:

os que fecham os olhos ignorando todo o horror que os cerca.

Os que nascem meramente diferentes do padrão imposto e são as vitimas.

Existem os  cruéis, pessoas cheias de ódio e rancor no peito, que usam a guerra como uma justificativa para deixar seu monstro interior vazar e cometer as piores maldades já vistas pelo ser humano.

E existe eu, que de certo ponto me enquadro em todos os quesitos, eu mato para não ser morto, fecho os olhos para me manter são mais um dia, nego tudo que um dia me foi licito fingindo que concordo com todo esse horror torcendo para que essa tortura acabe.

A verdade é que o mundo nunca viu uma guerra como essa, que em minha opinião nem de guerra deveria ser chamado, e sim de  extermínio, uma chacina programada para matar tudo e todos que julgam serem inferiores com base em critérios narcisistas e ridículos de raça.

E pensar que a poucos anos atrás eu imaginava a calma que seria se do meu quarto fosse impossível de escutar o barulho dos carros ao amanhecer, e hoje eu acordo ao som de gritos e murmúrios. O cheiro da fumaça que invade minhas narinas hoje não é causada pelos escapamentos daqueles veículos e sim por carne podre incinerada, e pensar que toda a vez que vejo a nuvem cinza pairar sobre o campo sei que ali estão milhares de almas dos meus iguais, os mais sortudos, afinal os verdadeiros desgraçados são os que me cercam, famintos, com frio, fome e doentes, aqui somos tratados com a mesma dignidade das baratas que nos cercam, as vidas que um dia foram consideradas gente e agora não sabem que fim terão.

viciado no pouco de decência que esse cargo me oferecia me deixei corromper, não era o ideal porem me mantinha vivo, nós Sonderkommandos  não temos a melhor dos tratamentos, porem ganhamos um pouco de comida a mais que dentro desse purgatório é quase como ouro.

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